
Entendendo o papel importante que tem a academia, através das pesquisas, no sentido de desvelar a realidade da vida em sociedade, permeada por resistências, avanços e recuos, podemos constatar a persistência da desigualdade para as mulheres, visível tanto na educação para a igualdade de gênero quanto nos índices de violência contra as mulheres.
A partir do debate acadêmico sobre a violência contra as mulheres, em suas diferentes manifestações, Mulheres, Gênero E Violência pretende refletir sobre as políticas de combate à violência contra as mulheres no Brasil, na Espanha, em Portugal e no México, com especial olhar sobre a educação para a igualdade de gênero sem perder de vista a diversidade de ser mulher (a mulher negra, a mulher deficiente, a lesbiana, a mulher presa estrangeira).
Com o objetivo de profundar o debate sobre os estudos de gênero e o papel dos movimentos feministas apomos sua influência tanto na legislação, quanto nas políticas, dentre elas as educacionais, para a superação de preconceitos e discriminações.
Discutiremos, também, o grave problema social que ainda hoje constatamos nas sociedades contemporâneas, a violência doméstica, que sobrevive nas sociedades democráticas nas quais os direitos humanos são pressupostos e a violência contra a mulher é considerada crime. Ressaltamos que a violência é um atentado aos direitos humanos das mulheres.
Concebendo que a educação tem um papel essencial para a desconstrução de preconceitos e do sexismo também responsáveis pela violência de gênero, discutimos e analisamos as pesquisas atuais sobre a igualdade de gênero nas escolas.
Esperamos, com as questões aqui ressaltadas, que possamos contribuir tanto para novas pesquisas quanto para o repensar de políticas e de ações que levem à transformação desta realidade na qual a violência contra as mulheres ainda constitui-se num grave problema social.
É o que o Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania de Marília deseja, nos seus dezoito anos de existência, tem promovido eventos, projetos de extensão e pesquisa visando contribuir para que os direitos humanos das mulheres sejam realmente conhecidos, vivenciados e respeitados.
