As políticas e a organização da educação sempre ocuparam um lugar importante no pensamento político liberal. Os protagonistas de uma sociedade livre exigem educação — mas não uma educação qualquer. Tem de ser uma educação sem propaganda. Tem de ser uma educação que seja enriquecedora e útil. Tem de fornecer diferentes oportunidades para desenvolver os talentos e as competências de cada um. Tem de encorajar as pessoas a pensar e a descobrir por si mesmas e, ao mesmo tempo, incutir a consciência de que há limites ao que sabemos. Sem esses elementos definidores essenciais do que é a educação, a liberdade sairá a perder. A incapacidade é fruto quer da ignorância, quer da preguiça intelectual, quer da presunção.
Quem pretende estabelecer e defender uma sociedade livre deve também reconhecer que as pessoas têm um profundo interesse na educação: um interesse em refinar as suas competências, aumentar o seu conhecimento e expandir os seus horizontes intelectuais. Elas irão esforçar-se por disponibilizar os produtos e serviços que outras pessoas escolhem. Isto é algo que os sistemas autoritários ou conservadores, com o seu empenho em manter uma “ordem pré-estabelecida”, são incapazes de fazer.
Isto é algo que os socialistas também não conseguem fazer, pois significa prescindir do controlo sobre um instrumento importante para alcançar uma ordem igualitária. Quando as pessoas são livres de escolher, não é possível prever com exatidão quais serão os resultados — mas sabemos que estarão mais em sintonia com as necessidades e aspirações de cada um.
Hoje, a educação é uma das prioridades da agenda política na maioria dos países por causa das graves deficiências que existem — a maioria das quais fruto da interferência desordenada do Estado ou de interesses privados que se desenvolveram como consequência do controlo estatal. Independentemente do contexto nacional, o debate tende a focar-se em como garantir:
• qualidade no fornecimento da educação,
• ou aumentar o acesso à educação,
• resultados financeiramente viáveis e relevantes para as necessidades (tanto dos indivíduos como da sociedade) e, ainda,
• escolha individual e flexibilidade na educação.
Leituras Liberais Sobre Educação
- Ciências Sociais, Educação, Pedagogia
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