
Em 1.692 , baía de Massachussets, Nova Inglaterra. A puritana aldeia de Salem assistiu à execução por bruxaria de catorze mulheres, cinco homens e dois cachorros. A feitiçaria se materializou em janeiro, o primeiro enforcamento ocorreu em junho, o último em setembro. Seguiu-se um rígido silêncio chocado.
O que incomodou os sobreviventes não foi a maliciosa prática de bruxaria, mas a desastrada aplicação da justiça. Parece que inocentes foram enforcados, enquanto alguns culpados escaparam. Não houve voto de jamais esquecer; entregar esses nove meses ao olvido parecia a reação mais adequada – e funcionou durante uma geração.
Desde então nós conjuramos Salem, o pesadelo nacional americano, o episódio cruel de tabloide, o capítulo distópico do passado. Ele explode e salta através da história e da literatura dos Estados Unidos.
Com base em meticulosa pesquisa, a renomada jornalista Stacy Schiff, vencedora do Pulitzer, reconstitui com precisão histórica e prosa vibrante os acontecimentos daquele ano sombrio e o surto coletivo que desencadeou o drama das bruxas de Salem.
Um retrato em que Schiff traz à baila as ansiedades da América do Norte dos primeiros tempos para compará-las, brilhantemente, com as de hoje.
Em nossa época de redes sociais, inimigos invisíveis e intolerância às diferenças, esta história sobre o obscurantismo religioso faz mais sentido que nunca. Um capítulo distópico do passado norte-americano que não devemos nunca esquecer – e muito menos repetir.
Stacy Schiff, roteirista e escritora, é autora do best-seller Cleópatra: uma biografia; de Véra (Mrs. Vladimir Nabokov), que ganhou o prêmio Pulitzer em 2000; Saint-Exupéry, finalista do Pulitzer; e A Great Improvisation, ganhador do George Washington Book Prize e do Ambassador Book Award. Colabora regularmente para publicações de prestígio, como a revista The New Yorker e os jornais The New York Times e The Washington Post.

Respostas de 2
Esta é a obra completa?
Está sim!