
Nenhum conhecimento é estanque. A todo momento um conhecimento se integra a outro, gerando uma síntese que, por sua vez, também se disseminará, dando origem a novos conhecimentos.
Nesse processo, vão se relacionando áreas, saberes, competências em um todo interdependente. Uma premissa como essa é de suma importância quando se trata de metodologias ativas de projetos interdisciplinares.
O desafio é pensar como ensinar os conteúdos aos alunos a partir dessa inter -relação entre as disciplinas e seus conhecimentos.
O objetivo deste volume Metodologias Ativas: Projetos Interdisciplinares é apresentar aos docentes não apenas uma análise das potencialidades pedagógicas dessa metodologia para serem utilizadas como estratégia didática, mas também contribuir de forma prática e efetiva com o desenvolvimento dos saberes, muitas vezes traduzidos em conteúdos curriculares, viabilizando uma maior integração entre as disciplinas e seus conhecimentos no âmbito escolar.
Ao definir no planejamento escolar os conteúdos para o ano letivo, o professor se depara geralmente com a seguinte pergunta: o que é importante ensinar para o aluno?
Possivelmente, essa questão leva a pensar sobre o que esse aluno tem que saber quando termina o ciclo do Ensino Fundamental – Anos iniciais.
Contudo, o enfoque das informações isoladas e encaixotadas nas disciplinas faz que o conhecimento se perca ao descolar as partes de seu todo, de seu contexto.
Sem dúvida, o planejamento escolar encaminha perguntas essenciais, haja vista não ser viável abarcar a totalidade dos conteúdos em todas as disciplinas em um período letivo limitado.
Porém, o planejamento escolar que pretende dar conta de tudo acaba por não selecionar ou definir o que é o mais importante para o aluno aprender.
Planejamento Escolar assume aqui um sentido mais amplo e dinâmico do que o do documento oficial que se entrega burocraticamente à secretaria de ensino.
Trata -se de considerar desde a filosofia de educação que orientará a prática até a maneira de integrar conteúdos e métodos de trabalho. Por isso, é preferível que o planejamento escolar seja flexível e dinâmico – um instrumento de ação pedagógica.
