Campos De Violência

Campos De Violência: Escravos E Senhores Na Capitania Do Rio De Janeiro - Estudos sobre a questão da violência senhor/escravo, num exercício de desmistificação e reinterpretação dos estereótipos historiográficos da da violência senhorial e escrava. Silvia Lara faz uma instigante análise das relações sociais no Brasil de fins do século XVIII e Início do XIX, demonstrando que a divisão entre senhores dominantes e escravos submetidos esteve longe de confirmar a rigidez que muitos pesquisadores lhe atribuíram.


O campo de estudos sobre a escravidão foi um daqueles que mais renovação produziram no seio da historiografia brasileira desde a década de 1980. Superou-se, no plano analítico, a ideia de uma “escravidão branda”, presente no clássico Casa-Grande & Senzala de Gilberto Freyre, e a ideia do “escravo coisa”, mote analítico da chamada Escola Sociológica Paulista, cujos principais expoentes foram Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Octávio Ianni.
Os historiadores responsáveis por aquela renovação, entre eles Silvia Lara com o seu magistral livro Campos De Violência, advogaram a necessidade de compreender, numa perspectiva dialética, o sistema escravista como produto das imbricações do paternalismo e da violência, além de se atentar para o estudo da subjetividade do cativo, demonstrando que a violência do sistema não colocou o escravo numa situação de anomia social.
Diante dessa nova perspectiva, desenvolveram-se novos estudos sobre o protesto do escravizado que, até então, só tinha sido analisado como ‘reação’, passando a ser visto como ‘ação política’ dotada de significados pelos cativos. Novos estudos desbravaram campos como a família escrava, o universo das alforrias, a escravidão urbana, o tráfico atlântico pensado também do prisma das sociedades africanas, as religiosidades, as festas, entre outros.
Graduou-se em História pela Universidade de São Paulo (1977), onde também doutorou-se em História Social (1986). É professora livre-docente (2004) e titular (2009) do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foi pesquisadora visitante no centro Latin American and Caribbean Studies da Northwestern University (2006). Publicou livros e artigos sobre a história da escravidão e das relações entre cultura e poder na América portuguesa, e sobre História e Direito.

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– Estudos sobre a questão da violência senhor/escravo, num exercício de desmistificação e reinterpretação dos estereótipos historiográficos da da violência senhorial e escrava. Silvia Lara faz uma instigante análise das relações sociais no Brasil de fins do século XVIII e Início do XIX, demonstrando que a divisão entre senhores dominantes e escravos submetidos esteve longe de confirmar a rigidez que muitos pesquisadores lhe atribuíram.
O campo de estudos sobre a escravidão foi um daqueles que mais renovação produziram no seio da historiografia brasileira desde a década de 1980. Superou-se, no plano analítico, a ideia de uma “escravidão branda”, presente no clássico Casa-Grande & Senzala de Gilberto Freyre, e a ideia do “escravo coisa”, mote analítico da chamada Escola Sociológica Paulista, cujos principais expoentes foram Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Octávio Ianni.
Os historiadores responsáveis por aquela renovação, entre eles Silvia Lara com o seu magistral livro Campos De Violência, advogaram a necessidade de compreender, numa perspectiva dialética, o sistema escravista como produto das imbricações do paternalismo e da violência, além de se atentar para o estudo da subjetividade do cativo, demonstrando que a violência do sistema não colocou o escravo numa situação de anomia social.
Diante dessa nova perspectiva, desenvolveram-se novos estudos sobre o protesto do escravizado que, até então, só tinha sido analisado como ‘reação’, passando a ser visto como ‘ação política’ dotada de significados pelos cativos. Novos estudos desbravaram campos como a família escrava, o universo das alforrias, a escravidão urbana, o tráfico atlântico pensado também do prisma das sociedades africanas, as religiosidades, as festas, entre outros.
Graduou-se em História pela Universidade de São Paulo (1977), onde também doutorou-se em História Social (1986). É professora livre-docente (2004) e titular (2009) do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foi pesquisadora visitante no centro Latin American and Caribbean Studies da Northwestern University (2006). Publicou livros e artigos sobre a história da escravidão e das relações entre cultura e poder na América portuguesa, e sobre História e Direito.

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