Varnhagen (1816-1878): Diplomacia E Pensamento Estratégico

Este livro reúne ensaios de historiadores e diplomatas a partir de pesquisas elaboradas para o Seminário Varnhagen (1816-1878): Diplomacia e Pensamento Estratégico, organizado pela Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), no Instituto Rio Branco (IRBr), em Brasília, em 1 de abril de 2016

, para comemorar o bicentenário do nascimento do diplomata oitocentista brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen, conhecido também como Visconde de Porto Seguro.
É notória a importância do homenageado para a historiografia pátria, e menos conhecida sua contribuição diplomática. Por essa razão, a Fundação, em parceria com o IRBr, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e a Universidade de Brasília (UnB), tomou a iniciativa de realizar debate sobre o tema da Diplomacia e Pensamento Estratégico na concepção de Varnhagen e sobre sua participação, durante o Império, no avanço e formulação da ideia de transferência da Capital. Paralelamente, a Funag organizou exposição sobre a vida e a obra do Patrono da História do Brasil em conjunto com o Instituto Martius-Staden e a Fundação Visconde de Porto Seguro.
O patrono da historiografia brasileira teve o mérito, como diplomata e homem público, de pensar o Brasil de uma perspectiva geopolítica e geoestratégica. Para ele, a ação diplomática deveria orientar-se nessa direção, como instrumento na realização de propósitos que levariam ao ideal de grandeza nacional. Sua formação militar e as pesquisas a respeito das fronteiras e dos espaços brasileiros em Portugal, onde estudou no Real Colégio Militar da Luz e na Academia da Marinha, em Lisboa, e, posteriormente, a experiência diplomática e sua precoce associação ao IHGB permitiram-lhe juízo amadurecido e conhecimento detalhado de questões cruciais na defesa dos interesses do Brasil. Esses atributos podem ser observados tanto na historiografia de Varnhagen, como em sua correspondência e, de forma estruturada, no Memorial orgânico (1849-1850), de sua autoria.
Em visita, em novembro de 2015, ao Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília, pude verificar que ali se encontra o barômetro que Varnhagen ofereceu à cidade de Formosa, em Goiás, em 1877, como a pedir um exame mais aprofundado sobre aquele instrumento de medição e um maior reconhecimento dos esforços do diplomata na gênese do processo de integração territorial brasileira. Na linha do que já tinham sugerido Hipólito José da Costa e José Bonifácio, e diante da preocupação com o risco de uma capital litorânea, Varnhagen inclui em sua proposta de reestruturar o país, contida no Memorial de 1849, a transferência da sede do governo para o interior. Assim, em 1877, ainda como representante do Brasil na Áustria de Francisco I, realizou expedição pioneira ao Planalto Central para identificar a exata localização geográfica de uma futura capital.

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Varnhagen (1816-1878): Diplomacia E Pensamento Estratégico

Este livro reúne ensaios de historiadores e diplomatas a partir de pesquisas elaboradas para o Seminário Varnhagen (1816-1878): Diplomacia e Pensamento Estratégico, organizado pela Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), no Instituto Rio Branco (IRBr), em Brasília, em 1 de abril de 2016, para comemorar o bicentenário do nascimento do diplomata oitocentista brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen, conhecido também como Visconde de Porto Seguro.
É notória a importância do homenageado para a historiografia pátria, e menos conhecida sua contribuição diplomática. Por essa razão, a Fundação, em parceria com o IRBr, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e a Universidade de Brasília (UnB), tomou a iniciativa de realizar debate sobre o tema da Diplomacia e Pensamento Estratégico na concepção de Varnhagen e sobre sua participação, durante o Império, no avanço e formulação da ideia de transferência da Capital. Paralelamente, a Funag organizou exposição sobre a vida e a obra do Patrono da História do Brasil em conjunto com o Instituto Martius-Staden e a Fundação Visconde de Porto Seguro.
O patrono da historiografia brasileira teve o mérito, como diplomata e homem público, de pensar o Brasil de uma perspectiva geopolítica e geoestratégica. Para ele, a ação diplomática deveria orientar-se nessa direção, como instrumento na realização de propósitos que levariam ao ideal de grandeza nacional. Sua formação militar e as pesquisas a respeito das fronteiras e dos espaços brasileiros em Portugal, onde estudou no Real Colégio Militar da Luz e na Academia da Marinha, em Lisboa, e, posteriormente, a experiência diplomática e sua precoce associação ao IHGB permitiram-lhe juízo amadurecido e conhecimento detalhado de questões cruciais na defesa dos interesses do Brasil. Esses atributos podem ser observados tanto na historiografia de Varnhagen, como em sua correspondência e, de forma estruturada, no Memorial orgânico (1849-1850), de sua autoria.
Em visita, em novembro de 2015, ao Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília, pude verificar que ali se encontra o barômetro que Varnhagen ofereceu à cidade de Formosa, em Goiás, em 1877, como a pedir um exame mais aprofundado sobre aquele instrumento de medição e um maior reconhecimento dos esforços do diplomata na gênese do processo de integração territorial brasileira. Na linha do que já tinham sugerido Hipólito José da Costa e José Bonifácio, e diante da preocupação com o risco de uma capital litorânea, Varnhagen inclui em sua proposta de reestruturar o país, contida no Memorial de 1849, a transferência da sede do governo para o interior. Assim, em 1877, ainda como representante do Brasil na Áustria de Francisco I, realizou expedição pioneira ao Planalto Central para identificar a exata localização geográfica de uma futura capital.

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