
Talvez tenha se tornado lugar comum, no campo referente à apresentação de uma obra coletiva desta natureza, a necessidade de justificar a importância das produções artísticas para a compreensão de ramos do saber científico, mesmo que já se tenha uma gama considerável de autore(a)s, livros e periódicos voltados à exploração dessa interação.
Entretanto, obras como Sentir o Direito evidenciam que a construção de perspectivas jurídicas através da enriquecedora interação do Direito com produções artísticas (cinematográfica, literária, musical, etc.) longe está de demonstrar qualquer tipo de cansaço ou falta de criatividade.
Por conta disso, optou-se pela liberdade de pesquisa. Explica-se. Sentir o Direito não delimitou os objetos de estudo, nem mesmo os caminhos perseguidos pelos autore(a)s, possibilitando, assim, que o livro ganhasse em vastidão, profundidade e multiculturalidade.
Dessa forma, as pessoas que integram este livro, a partir de suas pesquisas, expertises, sentimentos e estilos, entregam ao público relevantes abordagens sobre: Teoria dos Sistemas Sociais; violência simbólica e discriminação (de gênero e étnica); proteção deficiente a direitos fundamentais no contexto do Estado Democrático de Direito; Semiologia e Direitos Humanos; memória, tempo, (r)evolução tecnológica e Direitos Humanos; discricionariedade judicial e Crítica Hermenêutica do Direito; rede mundial de computadores e pornografia infantil; poder, violência e Direito; Princípio da capacidade contributiva à luz da exclusão de classes; Sinfilosofia e a formação ético-estética na cidadania; Lei de Biossegurança e coisificação de espécies humanas; Ativismo judicial; Democracia, novas tecnologias e Constituição; revolução tecnológica, sociedade conectada e morfologia social; sociedade patriarcal e violência contra a mulher; Direito como Literatura; imparcialidade judicial e a figura do juiz das garantias; Psicologia do Aprisionamento e a teoria do Labelling Approach; violência sexual e expansionismo penal.
