Ecos Da Ditadura Na Sociedade Brasileira (1964-2014)

O livro mostra que os ecos da ditadura ainda estão presentes e a superação das necessidades continua perpetuada somente no campo das ideias

No percurso destes textos, o leitor perceberá claramente que o legado da ditadura pode ser visto ainda hoje em cada esquina social, marcada pela dificuldade que temos de estabelecermos relações concretamente democráticas, seja na vida pública ou privada.

Muitas das instituições são autoritárias. Nas escolas, por exemplo, professores e alunos ainda não opinam sobre os conteúdos a serem estudados, o que dizer da escolha de seus diretores ou de seus objetivos educacionais.

Na grande maioria delas, o Conselho Escolar ainda é uma figura decorativa e sem autonomia. do mesmo modo, a cultura autoritária explicita-se no comportamento da Polícia Militar e no conceito de segurança Pública.

E isso já vem de longa duração no combate aos movimentos sociais ou às fugas de escravos. De fato, a ideia de segurança pública objetiva a defesa e proteção da propriedade privada, para a qual os movimentos sociais e a população em geral são uma ameaça.

Mantenedores da ordem vigente, tal como à época da escravidão, ou das primeiras greves no início do século XX, ‘tudo é caso de polícia’. são os guardiões da repressão e indiscutivelmente com a concordância das classes dominantes.

Resultado: inúmeras prisões abarrotadas de gente em condições desumanas. E a pena morte aos nossos jovens e pobres é ilícita, mas verídica.

Muitos dos que estavam na política que sustentou o Golpe e a ditadura ainda estão por aí, inclusive ocupando cargos eletivos. E mesmo aqueles que, embora liberais, foram perseguidos pelo exagero, miopia e ignorância dos nossos ditadores, hoje usam a sua condição de perseguido político para dizer que lutaram pelo país, pelo povo, investindo-se ou travestindo- se de defensores da democracia. De fato são os protetores da manutenção da realidade desigual, injusta e autoritária da sociedade brasileira.

Ao final, ainda merece destaque o papel da mídia nas sociedades contemporâneas. Embora estejamos na ‘era da informação’, quando os meios de comunicação deveriam contribuir para sua democratização, o que vemos é o inverso. A mídia submetida aos interesses do capital manipula os dados, distorce fatos e ainda cria versões da realidade segundo a ótica das elites.

Os ecos da ditadura ainda estão presentes e a superação das necessidades, provenientes dos oprimidos e excluídos, continua perpetuada somente no campo das ideias.

https://www.justica.gov.br/central-de-conteudo/anistia/anexos/nao-calo-grito-visualizacao.pdf

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O livro mostra que os ecos da ditadura ainda estão presentes e a superação das necessidades continua perpetuada somente no campo das ideias

No percurso destes textos, o leitor perceberá claramente que o legado da ditadura pode ser visto ainda hoje em cada esquina social, marcada pela dificuldade que temos de estabelecermos relações concretamente democráticas, seja na vida pública ou privada.

Muitas das instituições são autoritárias. Nas escolas, por exemplo, professores e alunos ainda não opinam sobre os conteúdos a serem estudados, o que dizer da escolha de seus diretores ou de seus objetivos educacionais.

Na grande maioria delas, o Conselho Escolar ainda é uma figura decorativa e sem autonomia. do mesmo modo, a cultura autoritária explicita-se no comportamento da Polícia Militar e no conceito de segurança Pública.

E isso já vem de longa duração no combate aos movimentos sociais ou às fugas de escravos. De fato, a ideia de segurança pública objetiva a defesa e proteção da propriedade privada, para a qual os movimentos sociais e a população em geral são uma ameaça.

Mantenedores da ordem vigente, tal como à época da escravidão, ou das primeiras greves no início do século XX, ‘tudo é caso de polícia’. são os guardiões da repressão e indiscutivelmente com a concordância das classes dominantes.

Resultado: inúmeras prisões abarrotadas de gente em condições desumanas. E a pena morte aos nossos jovens e pobres é ilícita, mas verídica.

Muitos dos que estavam na política que sustentou o Golpe e a ditadura ainda estão por aí, inclusive ocupando cargos eletivos. E mesmo aqueles que, embora liberais, foram perseguidos pelo exagero, miopia e ignorância dos nossos ditadores, hoje usam a sua condição de perseguido político para dizer que lutaram pelo país, pelo povo, investindo-se ou travestindo- se de defensores da democracia. De fato são os protetores da manutenção da realidade desigual, injusta e autoritária da sociedade brasileira.

Ao final, ainda merece destaque o papel da mídia nas sociedades contemporâneas. Embora estejamos na ‘era da informação’, quando os meios de comunicação deveriam contribuir para sua democratização, o que vemos é o inverso. A mídia submetida aos interesses do capital manipula os dados, distorce fatos e ainda cria versões da realidade segundo a ótica das elites.

Os ecos da ditadura ainda estão presentes e a superação das necessidades, provenientes dos oprimidos e excluídos, continua perpetuada somente no campo das ideias.

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