Esta é uma obra de orientação aos educadores e aprendizes! Esta pesquisa acompanha os limites e avanços da implementação da legislação que trata do ensino da História da África, da Cultura Brasileira e Indígena no currículo escolar a partir da experiência educacional em um município da região metropolitana de Salvador. A autora é uma educadora de larga experiência e militância.
Uma griot diaspórica; opera a vida debruçada nas mutações da mesma e em suas diversas formações multiculturalizadas. Seu desafio é a autenticidade e o convívio com as histórias que educam e libertam.
Akpalô: Compondo Linguagens Africano-Brasileiras Para O Currículo Da Educação Infantil De Santo Amaro De Ipitanga é uma contação de história. Então, a educadora, antes de mais nada, é uma contadora de histórias. Move-se numa teia composta de magia e encanto do próprio cotidiano.
Esta plasticidade literária inventada e reinventada pode ser dilaceradora e cruel, mas é deliciosamente reveladora de novos caminhos, restando, por vezes, ser balsâmica e redentora.
Gosto dessa possibilidade de enfrentar situações difíceis como os lugares e seus nomes, os falares e seus múltiplos, assim como os inventários e suas dobras. Suas asas cansam e descansam como uma ave que navega em ares em busca de vastidão de saberes. Suas palavras são palavras de arribação! Comunalidade, Ancestralidade, Alteridade, Sensibilidade, Emoção, Consciência, Liberdade, Provocação, Luta.
O caminho da autora é encontrar caminhos para dar conta de refletir a diversidade étnica/linguística no universo da criança/infância. Para isso, e esta é a maior contribuição para a natureza de suas pesquisas e proposições, o universo de Levinas e de Fanon, com sua alteridade do eu primordial e a descolonização mental dos alunos e professores, são cruciais.
Ah! Existe uma fenomenologia da existência em nome da ética do espelho na qual só enxergamos a própria imagem! É preciso uma ética da alteridade com o outro, como somente outro!