Precisamos olhar o mundo de hoje com os olhos do mundo de amanhã, não com os do mundo de ontem. Ora, os olhos de amanhã, são os olhos planetários. As fronteiras são as ruínas, ainda de pé, de um mundo em revolução.
(Pierre Lévy)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9.394/96 regulamentou a Modalidade de Educação a Distância no Brasil. Nos seus artigos 80 e 87, parágrafo 3º, item III legislando sobre a importância da Educação a Distância em programas de Capacitação para Professores em Exercício, assegurando por meio da lei “que o poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de educação continuada” (LDB, 1999).
A partir de então, teve início, no país, uma mobilização do poder público federal envolvendo as universidades e os poderes estadual e municipal em torno da implementação e expansão da oferta de cursos de formação inicial e continuada direcionada a professores na modalidade a distância. Esse movimento pôs no centro do debate a necessidade de uma nova forma de enxergar a educação brasileira, com reflexos imediatos na formação do professor e no sistema educacional em todas as modalidades, exigindo uma reflexão crítica do fazer pedagógico das instituições de ensino superior.
Essa política de formação interferiu imediatamente no pensar de um novo perfil do professor formador e do professor em formação, exigindo desses profissionais uma (re) significação de suas práticas em consonância com os novos paradigmas educacionais que requer de todos os envolvidos estudos e pesquisas no que se refere à construção do conhecimento docente. Portanto, é imperioso que a formação de professores como estratégia política privilegiada para a expansão do curso superior no que se refere à oferta e à mudança de mentalidade acadêmica aconteça não só num momento inicial da carreira, como se pensava anteriormente, mas acima de tudo, durante a trajetória profissional e pessoal do professor. A ideia posta é a de que a formação de professores tanto na formação inicial quanto na formação continuada os prepare com habilidades, competências e capacidades diferenciadas como fator determinante e indissociável da atual revolução tecnológica denominada por Castells (1999) de sociedade da Informação e do Conhecimento.