
Experiências Estéticas Em Educação Matemática foi desenvolvido com o intuito de sistematizar e divulgar resultados de uma pesquisa intitulada “Sobre a Natureza de Experiências Matemáticas Estéticas”, financiada pelo CNPq.
Diversas atividades de investigação compuseram o corpus dessa pesquisa, a qual explora possibilidades pedagógicas do uso de tecnologias integrado às artes em Educação Matemática. Estudos em nível de iniciação científica, mestrado e doutorado estiveram associados a essa pesquisa, os quais atribuíram complexidade e diversidade ao escopo do estudo.
Considerou-se também, na concepção da presente obra, articulações com resultados de outras pesquisas, que abrangessem aspectos teóricos e práticos acerca da temática de investigação proposta.
Experiências Estéticas Em Educação Matemática envolve alguns desafios conceituais interessantes. Primeiro, deve-se reconhecer a variedade de concepções sobre estética construídas na história da filosofia.
Destacamos como a temática estética é diversa nos campos filosóficos e matemáticos. Consideramos que é necessário evidenciar essa dimensão no campo da Educação, particularmente da Educação Matemática. Entendemos que a estética perpassa todas as dimensões da vida humana. Corroborando essa ideia, Duarte Júnior aponta que a experiência da beleza, ou experiência estética, ocorre diariamente na vida dos seres humanos. Considerando os objetos utilizados por nós no dia-a-dia (como uma caneta, uma roupa, um carro), não nos preocupamos apenas com sua funcionalidade, mas também com sua aparência, com sua estética, seu estilo.
A estética permeia a existência humana e a experiência estética é uma experiência significativa para quem a vivencia. A estética se constitui em um modo de compreender a Matemática, julgar seus objetos e processos, além de ser um conteúdo intrínseco.
As ações cernes deste livro são: dialogar sobre, discutir, debater e apresentar experiências estéticas na educação matemática e, desse modo, diversas são as perspectivas apresentadas. Cabe, então, a cada leitor/leitora/ leitore estar atento/atenta/atente para cada uma dessas ações e para sua postura crítica frente a elas, frente ao fato de a estética servir como julgamento, como definição perene do que é dito como “belo” e do que é excluído como “não belo”, do que é assumido como matematicamente importante e do que não o é.
