Meios E Finais

Ricardo Piglia - Meios E Finais: Conversas Em Princeton

Meios e Finais é muito mais do que um livro de entrevistas com Ricardo Piglia. Como afirma Paul Firbas (organizador da obra) no prefácio: A conversa é um dos gêneros prediletos de Piglia para a interseção entre a crítica e a ficção

, e para buscar, de alguma forma, escapar do lugar de enunciação da academia e das autoridades. Sendo assim, tais conversas, logo convertidas em textos de crítica, configuram também os capítulos imaginários de algum romance epistolar entre amigos.
Meios E Finais: Conversas Em Princeton surgiu a partir de uma roda de conversa, que aconteceu em novembro de 2010, entre o autor argentino e os professores e críticos literários Paul Firbas, Pedro Meira Monteiro e Fermín A. Rodríguez, sobre temas como cinema, política, tecnologia, leitura e controle social.

A tradução ao português da conversa que tivemos – Pedro Meira Monteiro, Fermín Rodríguez e eu – com o escritor argentino Ricardo Piglia, em novembro de 2010, me levou recentemente a recordar o tom daquela reunião.
Convém lembrar que, com aquela sessão, encerrávamos uma longa etapa de colaborações com Piglia. Ele havia decidido deixar a academia nos Estados Unidos e voltar a Buenos Aires, depois de mais de dez anos como professor na Universidade de Princeton. A viagem iminente e o final próximo são em grande parte responsáveis pelo tom e por certas derivações, talvez as mais importantes, de nossa conversa.
Mas não foi, de maneira alguma, uma reunião melancólica. Pelo contrário, entre o sotaque argentino de Ricardo e Fermín, o espanhol finíssimo e ligeiramente aportuguesado de Pedro e minha fala do Peru, recordo que a noite se encheu de matizes linguísticos, de agudezas e de humor.
Lembro particularmente desses detalhes porque esta versão em português me faz pensar que, de fato, a língua de Camões – como dizíamos com seriedade e ironia nos seminários bilíngues que Pedro e eu ensinávamos na universidade – nunca foi uma presença estranha naquela conversa. Nossa amizade com Piglia durante os anos de Princeton felizmente esteve sempre acompanhada de amigos e textos, em espanhol e português.

https://b-ok.cc/book/5066805/17bdc9

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Ricardo Piglia – Meios E Finais: Conversas Em Princeton

Meios e Finais é muito mais do que um livro de entrevistas com Ricardo Piglia. Como afirma Paul Firbas (organizador da obra) no prefácio: A conversa é um dos gêneros prediletos de Piglia para a interseção entre a crítica e a ficção, e para buscar, de alguma forma, escapar do lugar de enunciação da academia e das autoridades. Sendo assim, tais conversas, logo convertidas em textos de crítica, configuram também os capítulos imaginários de algum romance epistolar entre amigos.
Meios E Finais: Conversas Em Princeton surgiu a partir de uma roda de conversa, que aconteceu em novembro de 2010, entre o autor argentino e os professores e críticos literários Paul Firbas, Pedro Meira Monteiro e Fermín A. Rodríguez, sobre temas como cinema, política, tecnologia, leitura e controle social.

A tradução ao português da conversa que tivemos – Pedro Meira Monteiro, Fermín Rodríguez e eu – com o escritor argentino Ricardo Piglia, em novembro de 2010, me levou recentemente a recordar o tom daquela reunião.
Convém lembrar que, com aquela sessão, encerrávamos uma longa etapa de colaborações com Piglia. Ele havia decidido deixar a academia nos Estados Unidos e voltar a Buenos Aires, depois de mais de dez anos como professor na Universidade de Princeton. A viagem iminente e o final próximo são em grande parte responsáveis pelo tom e por certas derivações, talvez as mais importantes, de nossa conversa.
Mas não foi, de maneira alguma, uma reunião melancólica. Pelo contrário, entre o sotaque argentino de Ricardo e Fermín, o espanhol finíssimo e ligeiramente aportuguesado de Pedro e minha fala do Peru, recordo que a noite se encheu de matizes linguísticos, de agudezas e de humor.
Lembro particularmente desses detalhes porque esta versão em português me faz pensar que, de fato, a língua de Camões – como dizíamos com seriedade e ironia nos seminários bilíngues que Pedro e eu ensinávamos na universidade – nunca foi uma presença estranha naquela conversa. Nossa amizade com Piglia durante os anos de Princeton felizmente esteve sempre acompanhada de amigos e textos, em espanhol e português.

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