Balzac E O Sono Dos Patifes

Balzac E O Sono Dos Patifes: Neste livro, Ricardo Luiz De Souza estuda o autor da Comédia Humana a partir de suas contradições e de sua coerência.

Honoré De Balzac construiu, com a Comédia Humana talvez o mais impressionante monumento literário do século XIX, não apenas pela dimensão da obra, que, no Brasil, foi editada em 17 volumes de centenas de páginas, como também pela capacidade de englobar os mais diferentes aspectos da sociedade francesa de seu tempo, analisando-os com grande acuidade.

Fosse apenas isso, contudo, e teríamos – o que já não seria pouco – um documento histórico e sociológico de enorme valor –, mas Balzac era um artista e transfigurou todo esse material, transformando-o em uma obra de arte.

A leitura de Balzac, no Brasil, é facilitada pela extraordinária qualidade da já referida edição que Paulo Rónai organizou para a Editora Globo no início da década de 1950, e que foi reeditada no fim da década de 1980.

A vida de Balzac foi marcada pelo trabalho literário insano, por dívidas impagáveis e pelo amor pela condessa Hanska, uma polonesa casada que ele conheceu em 1832, com quem se encontrou intermitentemente, manteve uma longa correspondência e se casou apenas seis meses antes de sua morte.

Foi uma vida frustrada em diversos sentidos: em termos financeiros, em termos sentimentais e em termos de realização pessoal. Mas, que deixou um legado literário imperecível.

O gênio literário de Balzac foi plenamente reconhecido por seus pares, e dois escritores que ombreiam com ele podem ser mencionados. Dostoiévski acentua em relação a Balzac: “seus personagens são criações de um gênio universal! Não é o espírito da época, são séculos inteiros que, em luta na alma humana, atualizaram um desenvolvimento e uma solução desse gênero”.

É uma redundância, contudo, ressaltar o valor literário da Comédia Humana, sendo muito mais importante efetuar uma apresentação, ainda que sumária, de seus sentidos e características. E esse é meu objetivo.

Benjamin acentua: “a Comédie Humaine engloba uma sequência de obras que não são romances no sentido corrente e sim algo como uma escrita épica da tradição nas primeiras décadas da Restauração”.

O texto balzaquiano forma, efetivamente, um continuum no qual cada romance, cada novela, cada conto, forma, com algumas exceções, um único panorama no qual os personagens se encontram, se cumprimentam, se amam, se enfrentam e seguem adiante.

E a completa compreensão da trajetória desses personagens torna indispensável a leitura de todo o ciclo.

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Balzac E O Sono Dos Patifes: Neste livro, Ricardo Luiz De Souza estuda o autor da Comédia Humana a partir de suas contradições e de sua coerência.

Honoré De Balzac construiu, com a Comédia Humana talvez o mais impressionante monumento literário do século XIX, não apenas pela dimensão da obra, que, no Brasil, foi editada em 17 volumes de centenas de páginas, como também pela capacidade de englobar os mais diferentes aspectos da sociedade francesa de seu tempo, analisando-os com grande acuidade.

Fosse apenas isso, contudo, e teríamos – o que já não seria pouco – um documento histórico e sociológico de enorme valor –, mas Balzac era um artista e transfigurou todo esse material, transformando-o em uma obra de arte.

A leitura de Balzac, no Brasil, é facilitada pela extraordinária qualidade da já referida edição que Paulo Rónai organizou para a Editora Globo no início da década de 1950, e que foi reeditada no fim da década de 1980.

A vida de Balzac foi marcada pelo trabalho literário insano, por dívidas impagáveis e pelo amor pela condessa Hanska, uma polonesa casada que ele conheceu em 1832, com quem se encontrou intermitentemente, manteve uma longa correspondência e se casou apenas seis meses antes de sua morte.

Foi uma vida frustrada em diversos sentidos: em termos financeiros, em termos sentimentais e em termos de realização pessoal. Mas, que deixou um legado literário imperecível.

O gênio literário de Balzac foi plenamente reconhecido por seus pares, e dois escritores que ombreiam com ele podem ser mencionados. Dostoiévski acentua em relação a Balzac: “seus personagens são criações de um gênio universal! Não é o espírito da época, são séculos inteiros que, em luta na alma humana, atualizaram um desenvolvimento e uma solução desse gênero”.

É uma redundância, contudo, ressaltar o valor literário da Comédia Humana, sendo muito mais importante efetuar uma apresentação, ainda que sumária, de seus sentidos e características. E esse é meu objetivo.

Benjamin acentua: “a Comédie Humaine engloba uma sequência de obras que não são romances no sentido corrente e sim algo como uma escrita épica da tradição nas primeiras décadas da Restauração”.

O texto balzaquiano forma, efetivamente, um continuum no qual cada romance, cada novela, cada conto, forma, com algumas exceções, um único panorama no qual os personagens se encontram, se cumprimentam, se amam, se enfrentam e seguem adiante.

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