Revista GeoUSP: Espaço E Tempo Nº 1 (2016)

O passeio que se pode fazer aqui, ao longo de doze artigos recentes e um texto clássico, é tomado pela predominância da temática urbana sobre as demais, já que metade dos escritos trata de aspectos que vão do planejamento urbano

na pauliceia arqueada pelo capital, em suas inextrincáveis relações incestuosas entre mercado e Estado, passando por grandes eventos, como as Olimpíadas, na produção das cidades espetacularizadas como o Rio de Janeiro para, adentrando a rede urbana de cidades amazônicas, buscar compreender a possível existência de cidades híbridas nos processos de metropolização. Saltando daí para analisar a mesma Amazônia que aparece na memória radiofônica de ouvintes ribeirinhos sobre as coisas da cidade e os ritmos da cotidianeidade, bem como para tratar, a partir de narrativas biográficas, dos “pertencimentos e laços sociais” estabelecidos pelos imigrantes na cidade de Macaé-RJ. E, claro, é possível viajar entre escritos sobre o clima urbano e o uso do solo em São Paulo, para ir à França entender os circuitos do rap indé em Paris a partir da teoria dos circuitos da economia urbana e, por fim, mergulhar em denso artigo teórico sobre a análise das “áreas sociais” a partir de uma leitura crítica e diversas perspectivas atuais acerca da abordagem dos estudos urbanos do terceiro quartil do século XX, que conformaram a conhecida Escola de Chicago e os Estudos de Ecologia Humana.
A trajetória deste número da Geousp nos leva ainda a refletir sobre questões de gênero que, a partir do discurso pós-colonial, analisa a exotização do corpo feminino e latino para tratar a vulnerabilidade e as estratégias de sobrevivência de mulheres brasileiras profissionais do sexo na Espanha.
Pode o leitor, a leitora, encontrarem-se ainda com reflexões sobre os diversos conflitos entre diferentes atores quando se trata de delimitar, monitorar, fiscalizar e gerir áreas de unidades de conservação que se sobrepõem, sob aspectos múltiplos: jurídico, natural, econômico ou social, como o excelente estudo de caso sobre os conflitos ambientais na APA de Cairuçu, em Paraty, no Rio de Janeiro.

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A trajetória deste número da Geousp nos leva ainda a refletir sobre questões de gênero que, a partir do discurso pós-colonial, analisa a exotização do corpo feminino e latino para tratar a vulnerabilidade e as estratégias de sobrevivência de mulheres brasileiras profissionais do sexo na Espanha.
Pode o leitor, a leitora, encontrarem-se ainda com reflexões sobre os diversos conflitos entre diferentes atores quando se trata de delimitar, monitorar, fiscalizar e gerir áreas de unidades de conservação que se sobrepõem, sob aspectos múltiplos: jurídico, natural, econômico ou social, como o excelente estudo de caso sobre os conflitos ambientais na APA de Cairuçu, em Paraty, no Rio de Janeiro.

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