A Violência E O Sagrado

Destacando o papel da violência fundadora, apresenta uma nova teoria do sagrado, que permite um reexame dos temas místicos e ritualísticos.

Analisando as principais concepções sobre as origens da civilização, Girard concentra suas reflexões no que considera ser os eventos primordiais do processo civilizatório.

Destacando o papel da violência fundadora, apresenta uma nova teoria do sagrado, que permite um reexame dos temas místicos e ritualísticos.

O autor cumpre um percurso que transita por uma luminosa releitura dos trágicos gregos e das principais interpretações, como a psicanálise, que tem buscado uma explicação global das primeiras instituições sociais e culturais da humanidade.

Foi durante a elaboração da sua tese sobre o “desejo mimético” que anima todo ser humano que René Girard foi levado a se interrogar sobre a violência.

Com efeito, se o “desejo mimético” – de possuir tudo o que os outros têm – permite ao homem aperfeiçoar suas faculdades de aprendizagem, aumenta também sua própria violência e provoca a maioria dos conflitos de apropriação.

A noção de “rivalidade mimética” permite esclarecer não somente a construção do desejo humano e a genealogia dos mitos, mas também a espiral do ressentimento e da raiva, em uma palavra, a violência do mundo.

Desta primeira tese decorre a segunda teoria de René Girard – que ele expõe em A Violência E O Sagrado –, a do “mecanismo vitimário”, que, segundo ele, está na origem de toda forma religiosa arcaica e extremista.

No seu paroxismo, a violência sempre se fixa sobre uma “vítima arbitrária”, em torno da qual o grupo todo se une. A eliminação do “bode expiatório” torna-se, pois, um imperativo coletivo.

Ela exorciza e aplaca a violência do grupo. A “vítima emissária” torna-se “sagrada”, isto é, portadora desse poder que pode desencadear tanto a crise como restaurar a paz.

René Girard descobre, dessa maneira, a gênese do “religioso arcaico”; do sacrifício ritual como repetição do evento original; do mito como relato desse evento; das proibições fixadas ao acesso de objetos que estão na origem das “rivalidades” que degeneraram nesta crise.

Esta elaboração religiosa se faz ao longo da repetição de crises miméticas, cuja solução traz a paz apenas de maneira provisória. Para o antropólogo, a elaboração de ritos e proibições constitui uma espécie de “saber empírico” sobre a violência.

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Destacando o papel da violência fundadora, apresenta uma nova teoria do sagrado, que permite um reexame dos temas místicos e ritualísticos.

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O autor cumpre um percurso que transita por uma luminosa releitura dos trágicos gregos e das principais interpretações, como a psicanálise, que tem buscado uma explicação global das primeiras instituições sociais e culturais da humanidade.

Foi durante a elaboração da sua tese sobre o “desejo mimético” que anima todo ser humano que René Girard foi levado a se interrogar sobre a violência.

Com efeito, se o “desejo mimético” – de possuir tudo o que os outros têm – permite ao homem aperfeiçoar suas faculdades de aprendizagem, aumenta também sua própria violência e provoca a maioria dos conflitos de apropriação.

A noção de “rivalidade mimética” permite esclarecer não somente a construção do desejo humano e a genealogia dos mitos, mas também a espiral do ressentimento e da raiva, em uma palavra, a violência do mundo.

Desta primeira tese decorre a segunda teoria de René Girard – que ele expõe em A Violência E O Sagrado –, a do “mecanismo vitimário”, que, segundo ele, está na origem de toda forma religiosa arcaica e extremista.

No seu paroxismo, a violência sempre se fixa sobre uma “vítima arbitrária”, em torno da qual o grupo todo se une. A eliminação do “bode expiatório” torna-se, pois, um imperativo coletivo.

Ela exorciza e aplaca a violência do grupo. A “vítima emissária” torna-se “sagrada”, isto é, portadora desse poder que pode desencadear tanto a crise como restaurar a paz.

René Girard descobre, dessa maneira, a gênese do “religioso arcaico”; do sacrifício ritual como repetição do evento original; do mito como relato desse evento; das proibições fixadas ao acesso de objetos que estão na origem das “rivalidades” que degeneraram nesta crise.

Esta elaboração religiosa se faz ao longo da repetição de crises miméticas, cuja solução traz a paz apenas de maneira provisória. Para o antropólogo, a elaboração de ritos e proibições constitui uma espécie de “saber empírico” sobre a violência.

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