Os Pobres

Os Pobres - Romance de Raul Brandão, escrito em forma de crônica, numa análise filosófica, introspectiva e existencialista sobre a vida miserável de gente que o autor presencia no seu dia à dia.
Datada de 1906, a obra de Raul Brandão Os Pobres é considerada um ponto de viragem no trabalho do escritor que se consagrou por ser o primeiro autor português a enveredar pelo expressionismo literário, a corrente literária que dá primazia à expressão de sentimentos em relação à simples descrição objetiva da realidade.


Na altura em que escreveu Os Pobres Raul Brandão, farto da vida citadina lisboeta, decidira-se recolher na sua propriedade que adquirira em 1903, em Nespereira, nas proximidades de Guimarães, chamada Casa do Alto. Nesta habitação, não se dedicou apenas à escrita, mas também à administração da sua propriedade. O contacto direto com o mundo rural despertou no escritor e no homem sentimentos de comiseração e de pesar relativamente às agruras que marcavam a condição das comunidades agrícolas. Assim se explica como o porquê desta obra refletir o problema de consciência perante os homens oprimidos, um tema que passou a ser incluído nas suas obras posteriores.
Publicada 11 anos antes da sua obra-prima (Húmus), Os Pobres mostram já fortes indícios de um estilo de escrita vanguardista para a época, embora ainda se mantenha preso à visão e ao estilo do realismo literário. Mas, tal como o “Húmus”, o Os Pobres dificilmente se pode qualificar como um Romance, aproximando-se de caracteres da escrita poética e filosófica.
De notar ainda que a personagem Gabiru, o solitário filósofo que Raul Brandão adota como seu alter-ego na obra “Húmus”, faz aqui a sua primeira aparição.

Raul Germano Brandão (1867 — 1930) jornalista, prosador, ficcionista, dramaturgo, pintor e militar, famoso pelo realismo das suas descrições e pelo liricismo da linguagem. Publicou contos, livros de viagens, peças de teatro, memórias e estudos históricos. A sua prosa tem um visível idealismo no lírico anarquismo niilista, uma influência que adveem do grupo de escritores portuenses, boêmios e entusiastas do simbolismo decadente. Como era neto de um pescador, os seus textos resumem simpatia e angústia para com os mais pobres ao evocarem as desgraças dos humilhados e ofendidos.

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