A partir da transição demográfica sofrida pelos Estados Unidos e países europeus desde 1950, as produções acadêmicas sobre o envelhecimento vêm tomando destaque. No Brasil, estudos afirmam que a velhice vem recebendo maior atenção a partir da década de 1980, embora a produção científica sobre o tema ainda seja bastante principiante.
Estudos nacionais e estrangeiros sobre a velhice e o envelhecimento demonstram que o idoso é um grupo vulnerável a violência. A análise entre culturas de países diferentes traz como resultado práticas violentas diversas contra idosos dos mais variados grupos sociais, econômicos, étnicos, religiosos e a estruturação da sociedade que são fatores que retiram a autonomia e a igualdade do idoso.
Estudo realizado por Minayo, Souza e Paula analisando a violência contra idosos traz que há pluricausalidade dessa prática e que esta vem crescendo gradativamente. Os idosos se tornam mais vulneráveis conforme precisam de cuidados, pois, para eles, quanto maior a debilidade, maior a vulnerabilidade. Nesses últimos anos, a violência contra idosos passou a fazer parte de violência doméstica.
Velhice Na Contemporaneidade traz a necessidade de abordar a identidade e a construção identitária/identificatória no contexto da produção acadêmica nacional e internacional, visto que uma das principais características da identidade da pessoa que envelhece é seu caráter de invenção, porque vivem a terceira idade sem desfrutá-la, o que os sociólogos chamam de role model, modelos ideais que podem orientar suas condutas na vivência dessa etapa da vida.
As experiências, perspectivas e suposições de seus pais e avós constituem guias para seu comportamento como sujeitos que vivem a terceira idade, e a vida dos idosos e dos jovens que com eles convivem, se constrói a partir de contextos sociais “engessados” que precisam ser profundamente modificados com base nas condições concretas de existência – maior expectativa de vida.