
Passados mais de 25 anos da publicação do Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira (ECIB), promovido pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, viu-se a necessidade de atualizar o diagnóstico sobre o desempenho de diferentes setores da economia brasileira sob a perspectiva, principalmente, das intervenções governamentais que os afetam.
Nesse contexto, o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica – inaugurado em 2016 – propôs, em seu planejamento estratégico quinquenal, efetuar um conjunto de estudos que tratasse da competitividade setorial, das políticas macro e microeconômicas que a afetam e da percepção dos agentes que compõem as respectivas cadeias produtivas.
Anualmente, a partir de 2017, por meio de projetos de pesquisas apoiados pelo Fundo Mackenzie de Pesquisa (Mackpesquisa), um grupo de setores tem sido analisado.
Os Estudos Econômicos Setoriais desta coletânea contemplam a análise detalhada dos primeiros quatro setores da economia brasileira cujos projetos de pesquisa foram finalizados (ferroviário, máquinas e equipamentos, têxtil e, por último, o setor calçadista).
Estudos Econômicos Setoriais busca, por meio de distintos referenciais e metodologias, com destaque para o uso do Modelo ECD (Estrutura-Conduta-Desempenho), apresentar um panorama de cada um dos setores supracitados, com os desafios enfrentados e as dificuldades a serem superadas, sem deixar de destacar, obviamente, os avanços já obtidos ao longo dos últimos anos.
Além do panorama setorial realizado, um aspecto propositivo das análises que destacam as dificuldades e os desafios enfrentados pelos diversos setores tem o objetivo de gerar reflexões sobre possibilidades de mudanças, tanto no espectro microeconômico quanto macroeconômico, que podem ser discutidas e até implementadas no Brasil com o objetivo de permitir que o desenvolvimento e a evolução das atividades ocorram da melhor forma possível, em um ambiente de negócios que seja mais favorável à livre iniciativa e ao empreendedorismo.
O caráter inovador das análises, bem como a dedicação dos autores em investigar, cuidadosamente, as dificuldades e desafios de cada um dos setores, associando, em muitos casos, os problemas detectados às entrevistas e questionamentos com os próprios representantes do setor, cercam a obra de ineditismos que mais do que justificam a leitura de Estudos Econômicos Setoriais.
