A presença ubíqua de informação na sociedade contemporânea tem conduzido a uma rápida alteração de comportamentos do receptor face aos mass media.
A premissa one to many dos média tradicionais evoluiu para uma self mass comunication, numa lógica de comunicação multimédia interpessoal e de ausência crescente do mediador entre as fontes e a notícia.
Os ecrãs disseminam-se, funcionam em rede, pelo que já não é adequada uma análise isolada da televisão. O avanço vertiginoso da tecnologia digital atirou o medium para um contexto de novos desafios e de dúvidas constantes. Vivemos a era da plenty television e da informação ubíqua na qual a opção multicanal disponibiliza uma escolha infindável não só nos tradicionais ecrãs de televisão, mas também nas novas plataformas que rapidamente emergiram e fazem parte do quotidiano de milhões de utilizadores.
O mercado da televisão generalista free-to-air (FTA ) está a mudar velozmente, o que tem causado incertezas inquietantes sobre a sustentabilidade de uma atividade que foi tida, durante décadas, como uma das mais poderosas e influentes da história da comunicação.
Estas empresas, que suportam o seu modelo de negócio através do incentivo ao consumo, são agora forçadas a dividir as receitas com os canais da televisão por subscrição e com os novos concorrentes do mercado publicitário que emergiram da web, dos quais se destacam a Google, o YouTube, o Facebook, o Twitter e o Instagram.
Assistimos a uma híper-segmentação de públicos, a um aumento do poder de escolha do espectador e a um desencontro das conveniências do programador e do receptor. Estamos perante um novo contexto mediático, onde se verificam interesses muitas vezes conflituantes entre distribuidores, produtores, anunciantes, fabricantes e consumidores.
O espectador passou a ser redistribuidor, produtor e programador de conteúdos, emergindo de uma aparente passividade – decorrente do conceito de audiência dos mass media -, para um papel ativo e participante, em consequência da sociedade informacional em que vivemos, na qual a rede é elemento central.
A Televisão Ubíqua
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