Esta obra partiu de um núcleo de discussão sobre a atualidade do pensamento do educador Paulo Freire para os profissionais da educação, recortando a educação básica brasileira como eixo norteador. Dentre as preocupações do grupo de pesquisadores estavam a de que, somente se falava em Paulo Freire por meio de recortes de uma ou outra obra e as obras sobre suas contribuições de autores diversos não contemplavam leituras mais aprofundadas no considerável repertório do autor.
Assim, como coordenador do Núcleo de Estudos e Formação Continuada de Profissionais da Educação (NEFOPE) elaborei um Projeto de pesquisa coletivo em que seriam privilegiadas algumas obras de Paulo Freire, onde cada um dos pesquisadores envolvidos deveria elaborar um texto que aprofundasse a obra de forma didática para que o acesso às contribuições de Paulo Freire se fizesse de for ma universalizada.
As obras selecionadas, em número de dez, foram as seguintes: Conscientização; Medo e Ousadia; Professora Sim, Tia Não; Pedagogia da Indignação; Política e Educação; Pedagogia do oprimido; Ação Cultural para a liberdade; Pedagogia da Esperança; Pedagogia da Autonomia, A importância do ato de Ler e a proposta de se desdobrar um texto tendo como foco a Educação de Jovens e Adultos, uma das questões iniciais da preocupação freireana. Por aclamação o grupo optou por privilegiar sete textos que pudessem contemplar todos os dez descritos com contribuições também de outros autores que se relacionassem ao contexto.
A posteriori, depois de conclusos, propusemos a sua socialização no I Ciclo de Debates Universidade E Educação Básica No Brasil: A Atualidade Do Pensamento De Paulo Freire; assim no período de 14 a 18 de setembro de 2009 este evento foi realizado no Anfiteatro da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Grande Dourados, atraindo um público para além do esperado.
Ao término do evento, um número significativo de educadores sugeriu que fosse disponibilizada uma publicação com os textos apresentados pela riqueza e contribuição para a área educacional. Ao organizarmos cada um dos textos optamos pelo desenvolvimento de uma linguagem palatável e que pudesse tornar-se significativa para públicos distintos da educação, cuja sequência passamos a desdobrar.