Império Romano

O Império Romano nasceu oficialmente em 27 a.C. e terminou – dependendo do ponto de vista – com a conquista de Roma pelos godos, chefiados por Alarico, em 410 d.C., ou em 476 d.C., data da queda do último imperador do Ocidente, em consequência dos repetidos assaltos dos povos germânicos.


Considerados todos os fatos, é difícil circunscrever com precisão uma faixa histórica cuja compreensão não dependa de uma série de referências ao período da república romana que se seguiu à Segunda Guerra Púnica; portanto, seu começo só pode ser entendido mediante o estudo de uma história política que fluiu como uma unidade ininterrupta.
No extremo oposto, quando são considerados os séculos finais do Império Romano, somos forçados a recorrer a fontes que, em sua maioria, se contrariam cada vez mais umas às outras, de modo tal que seu estudo mais exato teria de ser limitado à fase clássica do Alto Império.
Este teve a duração de quase três séculos e se foi expandindo lentamente, acabando por se impor como um sistema de governo mundial, do qual permanecemos – de uma forma ou de outra – os herdeiros, ainda que sejamos obrigados a salientar as numerosas alterações que, desde o início, ocorreram nas divisões do território e nas fronteiras desse império.
Apesar das influências inegáveis que delas recebeu, o Império Romano conserva poucas analogias com as realezas helênicas centralizadas na personalidade dominadora de seus reis. Sem ser um Estado territorial nacional, nem uma monarquia absoluta, nem tampouco uma ditadura popular, nem ainda um regime totalitário, o Império Romano permanece historicamente como uma estrutura inclassificável.
Seu arcabouço não se encaixa em nenhum modelo que possa ser identificado. Algumas das monarquias posteriores que se estabeleceram através da Europa afirmaram seguir esse modelo, mas nenhuma delas conseguiu reproduzi-lo. A expressão o Império Romano admite diversas definições parciais, e teremos de combinar elementos de cada uma delas, caso queiramos nos aproximar de um conceito mais completo.
Todos acreditam saber do que estão falando, mas captar esse conceito em sua totalidade é um verdadeiro desafio. Antes de mais nada, para estabelecermos uma conceituação precisa, será necessário libertá-la de todas as semelhanças enganosas que vêm sendo encontradas com o Império Britânico ou com o Império Francês.
Hoje em dia, se pretendermos estabelecer qualquer comparação com o Império Americano, seremos novamente levados a cair na armadilha de um anacronismo.

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Considerados todos os fatos, é difícil circunscrever com precisão uma faixa histórica cuja compreensão não dependa de uma série de referências ao período da república romana que se seguiu à Segunda Guerra Púnica; portanto, seu começo só pode ser entendido mediante o estudo de uma história política que fluiu como uma unidade ininterrupta.
No extremo oposto, quando são considerados os séculos finais do Império Romano, somos forçados a recorrer a fontes que, em sua maioria, se contrariam cada vez mais umas às outras, de modo tal que seu estudo mais exato teria de ser limitado à fase clássica do Alto Império.
Este teve a duração de quase três séculos e se foi expandindo lentamente, acabando por se impor como um sistema de governo mundial, do qual permanecemos – de uma forma ou de outra – os herdeiros, ainda que sejamos obrigados a salientar as numerosas alterações que, desde o início, ocorreram nas divisões do território e nas fronteiras desse império.
Apesar das influências inegáveis que delas recebeu, o Império Romano conserva poucas analogias com as realezas helênicas centralizadas na personalidade dominadora de seus reis. Sem ser um Estado territorial nacional, nem uma monarquia absoluta, nem tampouco uma ditadura popular, nem ainda um regime totalitário, o Império Romano permanece historicamente como uma estrutura inclassificável.
Seu arcabouço não se encaixa em nenhum modelo que possa ser identificado. Algumas das monarquias posteriores que se estabeleceram através da Europa afirmaram seguir esse modelo, mas nenhuma delas conseguiu reproduzi-lo. A expressão o Império Romano admite diversas definições parciais, e teremos de combinar elementos de cada uma delas, caso queiramos nos aproximar de um conceito mais completo.
Todos acreditam saber do que estão falando, mas captar esse conceito em sua totalidade é um verdadeiro desafio. Antes de mais nada, para estabelecermos uma conceituação precisa, será necessário libertá-la de todas as semelhanças enganosas que vêm sendo encontradas com o Império Britânico ou com o Império Francês.
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