A Origem Do Estado Islâmico: O Fracasso Da Guerra Ao Terror E A Ascensão Jihadista

Pelas lentes da mídia ocidental, o Estado Islâmico (ISIS) aparece como um grupo irracional que age sem motivos políticos, movido apenas pelo ódio religioso. As imagens de vídeos com requintes técnicos e estéticos produzidos pelos próprios militantes decapitando reféns são narradas, à exaustão, pelos meios de comunicação como sendo combatentes furiosos que não poupam mulheres ou crianças.


Construiu-se uma imagem no Ocidente, desde o início da década de 1990, e que se intensifica atualmente, que esses jihadistas são capazes de fazer as piores atrocidades. Evoca-se, no imaginário do Ocidente, semelhanças com um passado longínquo, associando-os às “tribos bárbaras” que varreram o Império Romano ou às hordas mongóis de Gengis Khan que devastaram cidades inteiras, massacrando seus habitantes como se estivéssemos diante de um choque de civilizações.
Em curto espaço de tempo, o ISIS destronou aquela que, até então, era considerada a maior ameaça à segurança internacional, responsável pelos atentados terroristas no dia 11 de setembro de 2001. O grupo Al-Qaeda já era coisa do passado.
O impacto desse fenômeno sobre a comunidade internacional foi devastador. Nos Estados Unidos, Canadá, Europa e até mesmo no Brasil, começou-se a especular sobre a possibilidade da existência de células do grupo, cooptando jovens ou mesmo planejando ataques terroristas.
Um dos autores do atentado ao semanário Charlie Hebdo, em 2014, em Paris, revelou com orgulho o pertencimento ao grupo. Em vídeo, que teve ampla circulação pelas redes sociais, um jovem canadense aparece rasgando seu passaporte, fazendo ameaças, em inglês, e depois, em árabe: “[Esta] é uma mensagem aos poderes do Canadá e da América. Estamos chegando, e vamos destruí-los”.
Mas, afinal de contas, quem são esses terroristas que conseguiram, de forma inédita, unir Estados Unidos e Irã, adversários de longa data, sem ter um único aliado no cenário internacional? Apesar de realmente usar táticas cruéis, próprias de um grupo terrorista, como conseguem a adesão voluntária de milhares de jovens europeus?
Como foi possível ocupar um território de tamanho equivalente à Jordânia, com cerca de oito milhões de pessoas, incorporando partes significativas da Síria e do Iraque?

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Em curto espaço de tempo, o ISIS destronou aquela que, até então, era considerada a maior ameaça à segurança internacional, responsável pelos atentados terroristas no dia 11 de setembro de 2001. O grupo Al-Qaeda já era coisa do passado.
O impacto desse fenômeno sobre a comunidade internacional foi devastador. Nos Estados Unidos, Canadá, Europa e até mesmo no Brasil, começou-se a especular sobre a possibilidade da existência de células do grupo, cooptando jovens ou mesmo planejando ataques terroristas.
Um dos autores do atentado ao semanário Charlie Hebdo, em 2014, em Paris, revelou com orgulho o pertencimento ao grupo. Em vídeo, que teve ampla circulação pelas redes sociais, um jovem canadense aparece rasgando seu passaporte, fazendo ameaças, em inglês, e depois, em árabe: “[Esta] é uma mensagem aos poderes do Canadá e da América. Estamos chegando, e vamos destruí-los”.
Mas, afinal de contas, quem são esses terroristas que conseguiram, de forma inédita, unir Estados Unidos e Irã, adversários de longa data, sem ter um único aliado no cenário internacional? Apesar de realmente usar táticas cruéis, próprias de um grupo terrorista, como conseguem a adesão voluntária de milhares de jovens europeus?
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