Nossas Vozes

Apesar do abismo em que o Brasil adentrou nos últimos anos, Nossas Vozes surge como uma fagulha de esperança de que dias melhores virão.

Na contemporaneidade as questões que envolvem gênero e sexualidade estão presentes em diversas discussões. Seja no campo acadêmico ou nos demais espaços cotidianos, a análise destes conteúdos está em pauta e tende a polarizar-se a depender de qual grupo examina a problemática.

De um lado conseguimos perceber movimentos que, alinhados aos direitos humanos, defendem a liberdade de expressão dos corpos e a legitimação das relações afetivas e sexuais que transgridam as fronteiras consideradas convencionais.

Por outro, encontram-se grupos fundamentalistas, aparelhados a discursos religiosos pouco inclusivos, que referendam o binarismo de gênero e atitudes intolerantes contra aquelas e aqueles que não se identificam pelas fronteiras muito bem demarcadas da heterossexualidade e da cisgeneridade.

Estudar e produzir conhecimento neste terreno de disputa ideológica é o desafio assumido pelo aguerrido coletivo de autoras e autores que assinam os textos de Nossas Vozes.

O título da obra ecoa como um manifesto: Nossas Vozes. Afinal que vozes são essas? É a voz de Dandara – travesti apedrejada e morta a tiros no Ceará em 2017. É a voz de Gisberta – transexual morta por um grupo de 14 rapazes, em 2006 em Portugal, depois de dias de agressões físicas e sexuais. É a voz de Alex – de 8 anos de idade que morreu em 2014 no Rio de Janeiro após ser espancado pelo pai e ter o fígado dilacerado por gostar de lavar louças e dança do ventre.

São as vozes de diversos anônimos e anônimas que, ao longo da história da humanidade, não puderem ter a liberdade de expressarem seus afetos e sexualidades. Vozes que no decorrer de suas existências foram abafadas por discursos que ridicularizam e buscam a normatização.

Vozes que cotidianamente são silenciadas pela violência de uma sociedade pouco acolhedora a diversidade. Apesar de muitas destas vozes serem interrompidas, muitas outras resistem em seu nome.

Os capítulos que compõem Nossas Vozes fazem estas múltiplas vozes ecoarem por meio de seus textos-manifestos, e bradam em tom de denúncia ao defenderem que formas de socialização alicerçadas no preconceito engendram morte e cerceiam liberdades.

Os escritos incluídos nesta coletânea, sem perder o rigor teórico-metodológico, materializam em narrativas as violações sofridas nos corpos de suas autoras e seus autores. Não se trata apenas de textos que analisam a experiência social a partir da externalidade, mas são escritos a partir de conteúdos relacionais que atravessam a vida dos seus autores, e autoras.

Aqui, vida e teoria se fundem em busca de encontrar soluções para forjar uma outra sociabilidade de base democrática, inclusiva e acolhedora.

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Nossas Vozes

Apesar do abismo em que o Brasil adentrou nos últimos anos, Nossas Vozes surge como uma fagulha de esperança de que dias melhores virão.

Na contemporaneidade as questões que envolvem gênero e sexualidade estão presentes em diversas discussões. Seja no campo acadêmico ou nos demais espaços cotidianos, a análise destes conteúdos está em pauta e tende a polarizar-se a depender de qual grupo examina a problemática.

De um lado conseguimos perceber movimentos que, alinhados aos direitos humanos, defendem a liberdade de expressão dos corpos e a legitimação das relações afetivas e sexuais que transgridam as fronteiras consideradas convencionais.

Por outro, encontram-se grupos fundamentalistas, aparelhados a discursos religiosos pouco inclusivos, que referendam o binarismo de gênero e atitudes intolerantes contra aquelas e aqueles que não se identificam pelas fronteiras muito bem demarcadas da heterossexualidade e da cisgeneridade.

Estudar e produzir conhecimento neste terreno de disputa ideológica é o desafio assumido pelo aguerrido coletivo de autoras e autores que assinam os textos de Nossas Vozes.

O título da obra ecoa como um manifesto: Nossas Vozes. Afinal que vozes são essas? É a voz de Dandara – travesti apedrejada e morta a tiros no Ceará em 2017. É a voz de Gisberta – transexual morta por um grupo de 14 rapazes, em 2006 em Portugal, depois de dias de agressões físicas e sexuais. É a voz de Alex – de 8 anos de idade que morreu em 2014 no Rio de Janeiro após ser espancado pelo pai e ter o fígado dilacerado por gostar de lavar louças e dança do ventre.

São as vozes de diversos anônimos e anônimas que, ao longo da história da humanidade, não puderem ter a liberdade de expressarem seus afetos e sexualidades. Vozes que no decorrer de suas existências foram abafadas por discursos que ridicularizam e buscam a normatização.

Vozes que cotidianamente são silenciadas pela violência de uma sociedade pouco acolhedora a diversidade. Apesar de muitas destas vozes serem interrompidas, muitas outras resistem em seu nome.

Os capítulos que compõem Nossas Vozes fazem estas múltiplas vozes ecoarem por meio de seus textos-manifestos, e bradam em tom de denúncia ao defenderem que formas de socialização alicerçadas no preconceito engendram morte e cerceiam liberdades.

Os escritos incluídos nesta coletânea, sem perder o rigor teórico-metodológico, materializam em narrativas as violações sofridas nos corpos de suas autoras e seus autores. Não se trata apenas de textos que analisam a experiência social a partir da externalidade, mas são escritos a partir de conteúdos relacionais que atravessam a vida dos seus autores, e autoras.

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