A coleção “Experiências metodológicas para compreensão da complexidade da cidade contemporânea”, dividida em quatro tomos, é resultante da pesquisa homônima realizada, entre 2011 e 2015, pelo grupo de pesquisa Laboratório Urbano, do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (PPG-AU/FAUFBA), em colaboração com pesquisadores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e outros pesquisadores convidados.
O tomo I. “Experiência, apreensão, urbanismo” refere-se ao processo da pesquisa, e os demais tomos – II. “Subjetividade, corpo, arte”; III. “Alteridade, imagem, etnografia”; e IV. “Memória, narração, história” – correspondem às configurações das três mesas de debate e dos respectivos grupos de estudos integrantes dos seminários público e de articulação conclusivos da pesquisa, realizados no âmbito do CORPOCIDADE 4, ocorrido em Salvador, em dezembro de 2014, com a participação dos membros da pesquisa, além de estudantes e outros pesquisadores externos.
Todos os autores dos capítulos, dos quatro tomos, foram membros da equipe da pesquisa PRONEM, o Programa de Apoio à Núcleos Emergentes.
Desde seu projeto inicial, a pesquisa PRONEM se propunha a investigar as relações entre experiências metodológicas e compreensão da complexidade da cidade.
Assim, a metáfora do caleidoscópio serve tanto para explicar minimamente os resultados provisórios da pesquisa, a multiplicidade das experiências metodológicas de apreensão urbana que esta publicação busca remontar para trazer a público, quanto para mostrar, como um princípio teórico-metodológico, nosso próprio processo, polifônico e dissensual, de pesquisa coletiva.
Ao longo da pesquisa, chegamos à nossa tríade temática principal que funcionou como uma linha de pesquisa transversal: experiência, apreensão, urbanismo.
Esses três temas são como nossos espelhos internos que formam o caleidoscópio, os cacos de vidro internos são as contribuições de todos pesquisadores e convidados da pesquisa, e o foco externo, a cidade.
Para tornar ainda mais complexo nosso processo, essa linha transversal, que poderia ser vista agora também como o corpo do aparelho-brinquedo-caleidoscópio, foi constantemente atravessada por outras três tríades, que também poderiam ser três espelhos mais específicos (como novas camadas/filtros dos três espelhos anteriores) de nosso aparelho de apreensão: subjetividade, corpo, arte; alteridade, imagem, etnografia; memória, narração, história.
Nosso caleidoscópio podia tanto trocar de espelhos, ao especificá-los com novas camadas, quanto os sobrepor.
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