Vinte Poemas de Amor
constitui o momento efetivamente inaugural da poesia de Neruda, porque é nele que, pela primeira vez, a sua linguagem poética alcança a unidade profunda entre a contenção retórica e a riqueza vocabular que definem o melhor de sua obra.
Pablo Neruda nasceu Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto em 12 de julho de 1904, na cidade de Santiago no Chile. É considerado um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX.
Foi cônsul do Chile na Espanha e no México entre os anos de 1934 e 1938. Recebeu o Nobel de literatura em 1971.
Em 1936 com a Guerra Civil espanhola, Neruda é destituído do cargo de cônsul e escreve Espanha no coração.
Em 1945 é eleito senador, neste mesmo ano lê para mais de 100 mil pessoas aqui no estádio do Pacaembu, em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes. Cinco anos depois publica Canto Geral, e sua poesia se veste de uma intenção social, ética e política.
Em 1953 constrói sua casa em Santiago, apelidada de “La Chascona”, para se encontrar clandestinamente com sua amante Matilde, a quem havia dedicado Os Versos do Capitão.
Durante as eleições presidenciais do Chile nos anos 70, Neruda abriu mão de sua candidatura para que Allende vencesse, pois ambos eram marxistas e acreditavam numa América Latina mais justa o que, a seu ver, poderia ocorrer com o socialismo.
Morreu em Santiago em 23 de setembro de 1973, de câncer na próstata.
Em 2011 um artigo recolheu declarações de Manuel Araya Osorio, assistente do poeta desde novembro de 1972 até sua morte, quem assegurava que Neruda havia sido assassinado na clínica com uma injeção letal.
Em fevereiro de 2013, um juiz chileno ordenou a exumação do corpo de Neruda, no âmbito de uma investigação sobre as circunstâncias da morte.
20 meses depois de muitos interrogatórios e perícias, Patrício Bustos, diretor do Serviço Médico Legal do Chile, deu a conhecer os resultados dos exames toxicológicos realizados nos EUA e Espanha, que descartaram que Neruda havia sido envenenado.