Poética Oral Do Samba De Roda Das Margens Do Velho Chico

Realizando uma viagem pelas águas poéticas do Velho Chico, apresenta um estudo sobre as narrativas orais em prosa e verso e as canções do samba ribeirinho.

Nerivaldo Alves Araújo - Poética Oral Do Samba De Roda Das Margens Do Velho Chico

A proposta explicitada logo de início é de uma viagem pelas águas poéticas do Velho Chico, inspiradora da poesia que se foi construindo à sua margem, das narrativas orais em prosa e verso às canções para o compasso do samba ribeirinho.

Então, navegar é preciso! E, valendo-se das redes tecidas pelas mulheres, pescar os sentidos das identidades engendradas nessas margens, de múltiplas facetas. Eleito no foco da análise, conhecemos o grupo de samba de roda “É na pisada ê”, que existe desde o início do século XX, mantendo-se até hoje, atravessando gerações.

E as gerações harmonizam-se na performance do samba ribeirinho. Como diz Nerivaldo, mulheres, homens, jovens, crianças, todos vão se envolvendo nessa tecedura da margem – do rio e da vida social. São pessoas que raramente veem sua criatividade em reconhecimento.

E, no estudo apresentado, saem desse lugar para ganhar vida na visibilidade de suas cantigas, danças e o gingado próprio de sua arte posta em prática. Nas relações de força em constante tensão, as poéticas ribeirinhas saem das margens para se tornarem força cultural, espaços de poder.

Nessas práticas, podemos ainda, conforme nos convida o texto, enxergar lugares de resistência e de luta contra as formas opressoras de tornar subalternos os discursos das classes econômicas menos favorecidas e de relegar a segundo plano elementos de outras identidades, como as de negros e de mulheres.

A noção de acolhimento que o autor nos traz, a partir de Munanga, com a ideia dos quilombos como lugar em que são acolhidos todos os oprimidos da sociedade, também acentua um caráter afetivo e solidário bem próprio das culturas e práticas populares, inclusivas por excelência.

Nesse trabalho, o autor recupera as histórias esquecidas dos povos que fizeram parte da constituição da região do São Francisco, negros e índios, em especial, embora não descarte a inegável herança do colonizador, através da análise das canções em performance do samba de roda ribeirinho.

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Então, navegar é preciso! E, valendo-se das redes tecidas pelas mulheres, pescar os sentidos das identidades engendradas nessas margens, de múltiplas facetas. Eleito no foco da análise, conhecemos o grupo de samba de roda “É na pisada ê”, que existe desde o início do século XX, mantendo-se até hoje, atravessando gerações.

E as gerações harmonizam-se na performance do samba ribeirinho. Como diz Nerivaldo, mulheres, homens, jovens, crianças, todos vão se envolvendo nessa tecedura da margem – do rio e da vida social. São pessoas que raramente veem sua criatividade em reconhecimento.

E, no estudo apresentado, saem desse lugar para ganhar vida na visibilidade de suas cantigas, danças e o gingado próprio de sua arte posta em prática. Nas relações de força em constante tensão, as poéticas ribeirinhas saem das margens para se tornarem força cultural, espaços de poder.

Nessas práticas, podemos ainda, conforme nos convida o texto, enxergar lugares de resistência e de luta contra as formas opressoras de tornar subalternos os discursos das classes econômicas menos favorecidas e de relegar a segundo plano elementos de outras identidades, como as de negros e de mulheres.

A noção de acolhimento que o autor nos traz, a partir de Munanga, com a ideia dos quilombos como lugar em que são acolhidos todos os oprimidos da sociedade, também acentua um caráter afetivo e solidário bem próprio das culturas e práticas populares, inclusivas por excelência.

Nesse trabalho, o autor recupera as histórias esquecidas dos povos que fizeram parte da constituição da região do São Francisco, negros e índios, em especial, embora não descarte a inegável herança do colonizador, através da análise das canções em performance do samba de roda ribeirinho.

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