Diálogos Com Os Guarani

Diálogos Com Os Guarani articula processos históricos de transformação nas relações com não índios, com os territórios e com o Estado.

No Brasil, os povos guarani passaram a ser estudados por antropólogos intensivamente nas últimas duas décadas. Esse interesse antropológico parece ser simétrico ao intento dos Guarani de se tornarem socialmente visíveis, após um longo período de invisibilização estratégica para se manterem em seus territórios.

Um grande desafio posto para os antropólogos é desfazer os contornos dados na literatura clássica sobre os Guarani, centrada na religião e nas migrações, para evidenciar as mudanças culturais ocorridas no último século e as novas expressões que os caracterizam, bem como colocar as etnografias no eixo dos debates atuais que se desenvolvem a partir da profusão de materiais produzidos sobre os povos ameríndios.

Tendo em vista essa tendência recente e o processo de formação diferenciada da primeira turma de acadêmicos indígenas na Universidade Federal de Santa Catarina, propôs-se, no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, o seminário “Compreensões antropológicas sobre conhecimentos guarani e vice-versa”.

O evento teve o intuito de estabelecer um diálogo entre antropólogos e antropólogas que pesquisam entre os Guarani e acadêmicos e acadêmicas guarani que estudam antropologia, a maioria destes vinculada ao Curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica (UFSC).

As comunicações apresentadas no seminário trataram de temáticas variadas, presentes em parte na coletânea, buscando articular processos históricos de transformação nas relações com não índios, com os territórios e com o Estado brasileiro.

As etnografias aqui apresentadas possuem uma profundidade temporal variável e abarcam diversas regiões brasileiras nas quais vivem os Mbya, Chiripá, Nhandéva e Kaiowá.

O objetivo de transpor os debates ocorridos no Seminário para uma coletânea de artigos nos provoca a refletir sobre os dilemas e desafios enfrentados na tentativa de fazer dialogar os conhecimentos antropológicos e os conhecimentos guarani, pois neste livro, diferentemente do que ocorreu no evento, a participação dos acadêmicos guarani é restrita. Apesar de insistentes apelos à produção de um texto autoral sobre suas falas no Seminário, o que se viabilizou foram dois artigos em coautoria com antropólogas, entre os 11 que compõem a coletânea.

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Um grande desafio posto para os antropólogos é desfazer os contornos dados na literatura clássica sobre os Guarani, centrada na religião e nas migrações, para evidenciar as mudanças culturais ocorridas no último século e as novas expressões que os caracterizam, bem como colocar as etnografias no eixo dos debates atuais que se desenvolvem a partir da profusão de materiais produzidos sobre os povos ameríndios.

Tendo em vista essa tendência recente e o processo de formação diferenciada da primeira turma de acadêmicos indígenas na Universidade Federal de Santa Catarina, propôs-se, no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, o seminário “Compreensões antropológicas sobre conhecimentos guarani e vice-versa”.

O evento teve o intuito de estabelecer um diálogo entre antropólogos e antropólogas que pesquisam entre os Guarani e acadêmicos e acadêmicas guarani que estudam antropologia, a maioria destes vinculada ao Curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica (UFSC).

As comunicações apresentadas no seminário trataram de temáticas variadas, presentes em parte na coletânea, buscando articular processos históricos de transformação nas relações com não índios, com os territórios e com o Estado brasileiro.

As etnografias aqui apresentadas possuem uma profundidade temporal variável e abarcam diversas regiões brasileiras nas quais vivem os Mbya, Chiripá, Nhandéva e Kaiowá.

O objetivo de transpor os debates ocorridos no Seminário para uma coletânea de artigos nos provoca a refletir sobre os dilemas e desafios enfrentados na tentativa de fazer dialogar os conhecimentos antropológicos e os conhecimentos guarani, pois neste livro, diferentemente do que ocorreu no evento, a participação dos acadêmicos guarani é restrita. Apesar de insistentes apelos à produção de um texto autoral sobre suas falas no Seminário, o que se viabilizou foram dois artigos em coautoria com antropólogas, entre os 11 que compõem a coletânea.

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