Francisco Dias Coelho

O estudo apresenta O Coronel Francisco Dias Coelho, que, em sua época, foi um dos homens mais ricos do interior da Bahia.

O Coronel Francisco Dias Coelho foi em sua época um dos homens mais ricos do interior da Bahia. Apesar da sua fortuna, a sua trajetória política e pessoal exigiram estratégias de ascensão social e de construção de uma imagem pública para ser um dos mais atuantes coronéis baianos do seu período.

A História Regional, observando a trajetória de um personagem emblemático, porém pouco conhecido da política baiana dos primeiros anos do século XX, permitiu analisar a cultura política no Sertão da Bahia nos primeiros anos da República no Brasil.

A origem pobre, rápida ascensão econômica e social, a dominação política e o esquecimento de um importante membro da sociedade baiana da Primeira República são as linhas mestras deste trabalho, o qual visa perceber como um negro conseguiu se imiscuir e dominar, mesmo por um curto período de tempo, uma sociedade que ainda vivia as lembranças da escravidão, há pouco tempo oficialmente abolida no Brasil.

Francisco Dias Coelho era um negro, mas não somente por sê-lo, se tornou uma figura de interesse historiográfico no período, possibilitando outras interpretações para o que se conhece sobre o coronelismo baiano.

Entre o nascimento pobre e a morte plena de riqueza, houve uma trajetória cheia de lutas, superações e desenvolvimento de estratégias políticas, econômicas e pessoais que compuseram a figura pública do Coronel Francisco Dias Coelho.

Estava envolvido nas disputas regionais não somente o filho de negros e neto de escravos, ou o apadrinhado de um comerciante de renda mediana com bom trânsito político entre as elites locais.

Nele também estava o habilidoso político e administrador, que soube analisar o momento e as condições sociais e raciais para determinar suas estratégias e dominar politicamente a região, depois, administrar a região com práticas e valores até então desconhecidos dos habitantes de uma pequena vila longínqua do sertão baiano.

Desenvolveu hábitos burgueses, inspirados em uma burguesia distante, mas que tanto ricos quanto pobres do lugar admiravam; com estratégias de dominação, aproximou-se das elites locais e estaduais sem se distanciar das suas origens e bases eleitorais, o que elevou o seu prestígio entre os dois extremos sociais e econômicos, e com isso, estabeleceu um coronelismo distinto do que dizem os teóricos brasileiros sobre o tema.

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A origem pobre, rápida ascensão econômica e social, a dominação política e o esquecimento de um importante membro da sociedade baiana da Primeira República são as linhas mestras deste trabalho, o qual visa perceber como um negro conseguiu se imiscuir e dominar, mesmo por um curto período de tempo, uma sociedade que ainda vivia as lembranças da escravidão, há pouco tempo oficialmente abolida no Brasil.

Francisco Dias Coelho era um negro, mas não somente por sê-lo, se tornou uma figura de interesse historiográfico no período, possibilitando outras interpretações para o que se conhece sobre o coronelismo baiano.

Entre o nascimento pobre e a morte plena de riqueza, houve uma trajetória cheia de lutas, superações e desenvolvimento de estratégias políticas, econômicas e pessoais que compuseram a figura pública do Coronel Francisco Dias Coelho.

Estava envolvido nas disputas regionais não somente o filho de negros e neto de escravos, ou o apadrinhado de um comerciante de renda mediana com bom trânsito político entre as elites locais.

Nele também estava o habilidoso político e administrador, que soube analisar o momento e as condições sociais e raciais para determinar suas estratégias e dominar politicamente a região, depois, administrar a região com práticas e valores até então desconhecidos dos habitantes de uma pequena vila longínqua do sertão baiano.

Desenvolveu hábitos burgueses, inspirados em uma burguesia distante, mas que tanto ricos quanto pobres do lugar admiravam; com estratégias de dominação, aproximou-se das elites locais e estaduais sem se distanciar das suas origens e bases eleitorais, o que elevou o seu prestígio entre os dois extremos sociais e econômicos, e com isso, estabeleceu um coronelismo distinto do que dizem os teóricos brasileiros sobre o tema.

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