A República Da Propina

Um dos criadores da lei da ficha limpa, o juiz Márlon Reis trabalhou por quase duas décadas no interior do país acompanhando processos eleitorais. Também leu mais de mil sentenças da Justiça Eleitoral, além de estudos internacionais.

Essa imersão em histórias de compras de voto e outras fraudes originou este romance que, nas palavras do autor, “não é bem uma ficção; é uma trama baseada num realismo nada fantástico”. O narrador é Cacá Furtado, assessor do deputado federal Cândido Peçanha – que, por sua vez, protagonizou o best-seller O nobre deputado, publicado por Reis em 2014. Em A República Da Propina, Cacá relata histórias inspiradas em casos reais, como o do prefeito eleito que mandou capangas retirarem a caixa d’água de uma eleitora ao descobrir que ela votara em outro candidato – e se tornou o primeiro político do país a perder um mandato em virtude da compra de um único voto. Ao longo dos anos, Cacá descobre sua vocação: escrutinar almas em busca de favorecimentos. Seja o velho Jonas, disposto a fazer campanha em troca de remédio para impotência, seja o candidato Dinho do Filé, massacrado nas urnas depois de se recusar a presentear sua comunidade, todos fazem Cacá perceber que a dignidade sempre está à venda. É tudo uma questão de saber o preço de cada um.

A República Da Propina nasceu da necessidade de expor as mazelas que nos comprometem como sociedade e que revelam uma mensagem difícil de admitir: somos culpados pela eleição das pessoas que deploramos. Somos vítimas da prevalência de nossos interesses individuais sobre os interesses da coletividade. Quando chega a hora do voto, o estômago prevalece sobre o cérebro.
Dediquei quase vinte anos à magistratura. Volto agora à advocacia, em busca da liberdade de expressão que sempre defendi para os outros. Minha experiência nos temas eleitorais se desenvolveu fora da lógica dos partidos, cumprindo a missão constitucional de administrador das eleições.
Por anos a fio, lá estava eu, em lugares remotos do Maranhão, testemunhando a barbárie. Alto Parnaíba foi o lugar que mais me marcou nessa trajetória. Mais de mil quilômetros distante de São Luís, no extremo sul do estado, a cidade de apenas 10 mil habitantes exigia minha presença constante. Longe demais para não morar ali com a família inteira. Foi essa imersão que me abriu os olhos para situações aparentemente normais, mas que representavam graves atentados à democracia. A compra do voto era realizada a olhos vistos.

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Um dos criadores da lei da ficha limpa, o juiz Márlon Reis trabalhou por quase duas décadas no interior do país acompanhando processos eleitorais. Também leu mais de mil sentenças da Justiça Eleitoral, além de estudos internacionais. Essa imersão em histórias de compras de voto e outras fraudes originou este romance que, nas palavras do autor, “não é bem uma ficção; é uma trama baseada num realismo nada fantástico”. O narrador é Cacá Furtado, assessor do deputado federal Cândido Peçanha – que, por sua vez, protagonizou o best-seller O nobre deputado, publicado por Reis em 2014. Em A República Da Propina, Cacá relata histórias inspiradas em casos reais, como o do prefeito eleito que mandou capangas retirarem a caixa d’água de uma eleitora ao descobrir que ela votara em outro candidato – e se tornou o primeiro político do país a perder um mandato em virtude da compra de um único voto. Ao longo dos anos, Cacá descobre sua vocação: escrutinar almas em busca de favorecimentos. Seja o velho Jonas, disposto a fazer campanha em troca de remédio para impotência, seja o candidato Dinho do Filé, massacrado nas urnas depois de se recusar a presentear sua comunidade, todos fazem Cacá perceber que a dignidade sempre está à venda. É tudo uma questão de saber o preço de cada um.

A República Da Propina nasceu da necessidade de expor as mazelas que nos comprometem como sociedade e que revelam uma mensagem difícil de admitir: somos culpados pela eleição das pessoas que deploramos. Somos vítimas da prevalência de nossos interesses individuais sobre os interesses da coletividade. Quando chega a hora do voto, o estômago prevalece sobre o cérebro.
Dediquei quase vinte anos à magistratura. Volto agora à advocacia, em busca da liberdade de expressão que sempre defendi para os outros. Minha experiência nos temas eleitorais se desenvolveu fora da lógica dos partidos, cumprindo a missão constitucional de administrador das eleições.
Por anos a fio, lá estava eu, em lugares remotos do Maranhão, testemunhando a barbárie. Alto Parnaíba foi o lugar que mais me marcou nessa trajetória. Mais de mil quilômetros distante de São Luís, no extremo sul do estado, a cidade de apenas 10 mil habitantes exigia minha presença constante. Longe demais para não morar ali com a família inteira. Foi essa imersão que me abriu os olhos para situações aparentemente normais, mas que representavam graves atentados à democracia. A compra do voto era realizada a olhos vistos.

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