Residência Em Saúde Mental

O movimento conhecido como Reforma Psiquiátrica brasileira possibilitou que, ao longo dos últimos 30 anos, ocorresse uma mudança quase radical na atenção em Saúde Mental no Brasil. Esse foi um período no qual aconteceram discussões, negociações, implantação de políticas públicas

, mudança de modelo assistencial e renovação dos conhecimentos construídos, que foram e vão além da assistência em Saúde Mental propriamente dita, englobando saberes e práticas que envolvem a saúde, a cultura, a educação, a assistência social, o direito, principalmente o direito à cidadania, dentre outros.
Esse processo permitiu que o fenômeno que envolve o que se denomina como “loucura” fosse problematizado e tratado de forma complexa, fazendo com que a discussão não ficasse restrita ao aspecto psicopatológico ou à área “psi”, ampliando a possibilidade de abordagem e de convivência com esse fenômeno, considerando-se as diferenças. Isso fortaleceu o movimento social e fez com que a atenção em Saúde Mental fosse reestruturada, incorporando novas tecnologias do cuidar e deslocando a assistência dos manicômios para os serviços territoriais, desenhando, assim, um novo cenário no campo da Saúde Mental.
No contexto atual desse campo, no Brasil, temos já os “clássicos” serviços substitutivos, dentre os quais o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é colocado como estratégico. Entretanto, com a implantação da rede psicossocial, proposta pelo Ministério da Saúde através da Portaria nº 3088/11 GM, temos uma ampliação e diversificação dos serviços específicos de Saúde Mental, bem como uma aposta na necessária articulação com outros subsetores da saúde e com outros setores, como a educação, assistência social e justiça, permeada pelo controle social e relação com a sociedade de uma forma geral, com o objetivo de efetivar, de fato, uma atenção integral à pessoa com transtorno mental.
Muitos avanços na atenção em Saúde Mental aconteceram e continuam a ocorrer. No entanto, ainda existem desafios nesse campo, sobretudo no tocante aos trabalhadores, seja pela precariedade dos seus vínculos profissionais, seja pela necessidade de sua formação e qualificação. Esse último ponto é quase sempre apresentado como problemático na avaliação dos serviços de saúde e estimulado em documentos oficiais do Ministério da Saúde.

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No contexto atual desse campo, no Brasil, temos já os “clássicos” serviços substitutivos, dentre os quais o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é colocado como estratégico. Entretanto, com a implantação da rede psicossocial, proposta pelo Ministério da Saúde através da Portaria nº 3088/11 GM, temos uma ampliação e diversificação dos serviços específicos de Saúde Mental, bem como uma aposta na necessária articulação com outros subsetores da saúde e com outros setores, como a educação, assistência social e justiça, permeada pelo controle social e relação com a sociedade de uma forma geral, com o objetivo de efetivar, de fato, uma atenção integral à pessoa com transtorno mental.
Muitos avanços na atenção em Saúde Mental aconteceram e continuam a ocorrer. No entanto, ainda existem desafios nesse campo, sobretudo no tocante aos trabalhadores, seja pela precariedade dos seus vínculos profissionais, seja pela necessidade de sua formação e qualificação. Esse último ponto é quase sempre apresentado como problemático na avaliação dos serviços de saúde e estimulado em documentos oficiais do Ministério da Saúde.

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