A Mulher É Uma Degenerada

Em A Mulher É Uma Degenerada, Maria Lacerda de Moura se dedica a desmontar os mitos da inferioridade biológica da mulher.

Miguel Bombarda, o conhecido psiquiatra, em o livro ‘A epilepsia e as pseudo epilepsias’, lançou sobre a mulher este anátema: ‘A mulher é uma degenerada’. E considera ‘ridículo’ qualquer esforço ‘em prol da independência da mulher e da sua elevação até o homem’”.

Na primeira parte do livro A Mulher É Uma Degenerada, publicado em 1924, a escritora Maria Lacerda de Moura se dedica a desmontar os mitos da inferioridade biológica da mulher, desafiando o pensamento de médicos da época.

A obra da feminista discute temas relacionados à situação social da mulher e à moral sexual das primeiras décadas do século 20. Alguns dos quais, com nova abordagem, ainda são debatidos hoje, como a defesa de que a maternidade não seja imposta, o direito feminino ao prazer e a instituição de padrões de comportamento às mulheres.

Militante anarquista, Maria Lacerda de Moura criticou, no trabalho, a submissão feminina em decorrência de um regime burguês e a exclusão das mulheres da vida pública. Também defendeu o acesso à educação em condições iguais às dos homens.

A escritora foi precursora de temas que entraram com mais força na pauta dos movimentos feministas somente a partir da década de 1970, sobretudo com relação a reivindicações sobre o corpo e a sexualidade.

Maria Lacerda de Moura nasceu em maio de 1887 e morreu aos 57 anos em março de 1945. Foi pensadora anarquista brasileira e pacifista. Precursora do anarcofeminismo, sendo extremamente ativa em sua época e lida por intelectuais, militantes e escritores tanto do Brasil quanto do exterior.

Maria Lacerda publicou mais de vinte livros, entre eles: Renovação (1919), A Mulher E A Maçonaria (1922), A Fraternidade Na Escola (1922), A Mulher É Uma Degenerada (1924), Religião Do Amor E Da Beleza (1926), Amai E… Não Vos Multipliqueis (1932), Fascismo: Filho Dileto Da Igreja E Do Capital (1933).

Foi editora da revista Renascença. Era vegetariana e contundente em seus posicionamentos anticapitalistas, antifascistas e anticlericais. Seu trabalho foi investigado por diversas feministas brasileiras e estrangeiras, com destaque à pesquisa pioneira de Miriam Moreira Leite nos anos 1980. Hoje em dia sua obra é rara, e alguns dos seus escritos foram reeditados por coletivos anarquistas.

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Em A Mulher É Uma Degenerada, Maria Lacerda de Moura se dedica a desmontar os mitos da inferioridade biológica da mulher.

Miguel Bombarda, o conhecido psiquiatra, em o livro ‘A epilepsia e as pseudo epilepsias’, lançou sobre a mulher este anátema: ‘A mulher é uma degenerada’. E considera ‘ridículo’ qualquer esforço ‘em prol da independência da mulher e da sua elevação até o homem’”.

Na primeira parte do livro A Mulher É Uma Degenerada, publicado em 1924, a escritora Maria Lacerda de Moura se dedica a desmontar os mitos da inferioridade biológica da mulher, desafiando o pensamento de médicos da época.

A obra da feminista discute temas relacionados à situação social da mulher e à moral sexual das primeiras décadas do século 20. Alguns dos quais, com nova abordagem, ainda são debatidos hoje, como a defesa de que a maternidade não seja imposta, o direito feminino ao prazer e a instituição de padrões de comportamento às mulheres.

Militante anarquista, Maria Lacerda de Moura criticou, no trabalho, a submissão feminina em decorrência de um regime burguês e a exclusão das mulheres da vida pública. Também defendeu o acesso à educação em condições iguais às dos homens.

A escritora foi precursora de temas que entraram com mais força na pauta dos movimentos feministas somente a partir da década de 1970, sobretudo com relação a reivindicações sobre o corpo e a sexualidade.

Maria Lacerda de Moura nasceu em maio de 1887 e morreu aos 57 anos em março de 1945. Foi pensadora anarquista brasileira e pacifista. Precursora do anarcofeminismo, sendo extremamente ativa em sua época e lida por intelectuais, militantes e escritores tanto do Brasil quanto do exterior.

Maria Lacerda publicou mais de vinte livros, entre eles: Renovação (1919), A Mulher E A Maçonaria (1922), A Fraternidade Na Escola (1922), A Mulher É Uma Degenerada (1924), Religião Do Amor E Da Beleza (1926), Amai E… Não Vos Multipliqueis (1932), Fascismo: Filho Dileto Da Igreja E Do Capital (1933).

Foi editora da revista Renascença. Era vegetariana e contundente em seus posicionamentos anticapitalistas, antifascistas e anticlericais. Seu trabalho foi investigado por diversas feministas brasileiras e estrangeiras, com destaque à pesquisa pioneira de Miriam Moreira Leite nos anos 1980. Hoje em dia sua obra é rara, e alguns dos seus escritos foram reeditados por coletivos anarquistas.

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