Dossiê Dos Mortos E Desaparecidos Políticos A Partir De 1964

Dossiê Dos Mortos E Desaparecidos Políticos A Partir De 1964: Os fatos que se erguem à nossa frente são incontornáveis. Não há alternativa além de decifrá-los e revelá-los.

Há várias maneiras de narrar a história de um país. Uma visão sempre esquecida, conhecida como a “ótica dos vencidos”, é aquela forjada pelas práticas dos movimentos sociais populares, nas suas lutas, no seu cotidiano, nas suas resistências e na sua teimosia em produzir outras maneiras de ser, outras sensibilidades, outras percepções.

Práticas que recusam as normas pré-estabelecidas e instituídas e que procuram de certa forma construir outros modos de subjetividades, outros modos de relação com o outro, outros modos de produção, outros modos
de criatividade.

É desta história que Dossiê Dos Mortos E Desaparecidos Políticos A Partir De 1964 fala um pouco, de uma história onde as classes populares não são meras expectadoras dos fatos, mas produtoras dos acontecimentos.

De uma história onde a subjetividade dominante – apesar de seu poderio e tentativas – não consegue silenciar e ocultar a produção de espaços singulares, de práticas diferentes e eliminar a memória histórica de uma outra memória.

A memória histórica “oficial” é um lado perverso de nossa história, produzida pelas práticas dominantes para apagar os vestígios que as classes populares e os opositores vão deixando ao longo de suas experiências de resistência e luta, num esforço contínuo de exclusão dessas forças sociais como sujeitos que forjam a história.

Pretendem com isso desconhecer, desfigurar e distorcer os embates reais dos “vencidos”, como se estes não estivessem presentes no cenário político.

É necessário, portanto, como afirma Marilena Chauí, um trabalho de “desconstrução da memória, desvendando não só o modo como o vencedor produziu a representação de sua vitória, mas sobretudo, como a própria prática dos vencidos participou desta construção.”

Para resgatar esta outra memória, diversos grupos organizados em diferentes estados brasileiros vêm trazendo ao conhecimento da sociedade acontecimentos ocultados: a questão dos mortos e desaparecidos políticos.

A ditadura militar, implantada por meio do golpe de abril de 1964, desde seu início, cometeu atrocidades contra o povo e a nação brasileira. Foi deposto o governo legitimamente eleito pelo voto popular e revogados seus atos em prol da reforma agrária e contra as remessas de lucros das empresas estrangeiras obtidos no território nacional.

Milhares de pessoas foram presas, torturadas e tiveram seus direitos políticos cassados. Ora por serem sindicalistas, camponeses, advogados ou parlamentares, ora por serem funcionários públicos, ferroviários ou simplesmente estudantes.

Outras tantas conseguiram escapar para o exílio.

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Práticas que recusam as normas pré-estabelecidas e instituídas e que procuram de certa forma construir outros modos de subjetividades, outros modos de relação com o outro, outros modos de produção, outros modos
de criatividade.

É desta história que Dossiê Dos Mortos E Desaparecidos Políticos A Partir De 1964 fala um pouco, de uma história onde as classes populares não são meras expectadoras dos fatos, mas produtoras dos acontecimentos.

De uma história onde a subjetividade dominante – apesar de seu poderio e tentativas – não consegue silenciar e ocultar a produção de espaços singulares, de práticas diferentes e eliminar a memória histórica de uma outra memória.

A memória histórica “oficial” é um lado perverso de nossa história, produzida pelas práticas dominantes para apagar os vestígios que as classes populares e os opositores vão deixando ao longo de suas experiências de resistência e luta, num esforço contínuo de exclusão dessas forças sociais como sujeitos que forjam a história.

Pretendem com isso desconhecer, desfigurar e distorcer os embates reais dos “vencidos”, como se estes não estivessem presentes no cenário político.

É necessário, portanto, como afirma Marilena Chauí, um trabalho de “desconstrução da memória, desvendando não só o modo como o vencedor produziu a representação de sua vitória, mas sobretudo, como a própria prática dos vencidos participou desta construção.”

Para resgatar esta outra memória, diversos grupos organizados em diferentes estados brasileiros vêm trazendo ao conhecimento da sociedade acontecimentos ocultados: a questão dos mortos e desaparecidos políticos.

A ditadura militar, implantada por meio do golpe de abril de 1964, desde seu início, cometeu atrocidades contra o povo e a nação brasileira. Foi deposto o governo legitimamente eleito pelo voto popular e revogados seus atos em prol da reforma agrária e contra as remessas de lucros das empresas estrangeiras obtidos no território nacional.

Milhares de pessoas foram presas, torturadas e tiveram seus direitos políticos cassados. Ora por serem sindicalistas, camponeses, advogados ou parlamentares, ora por serem funcionários públicos, ferroviários ou simplesmente estudantes.

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