I Curso De Formação em Relações Étnico-Raciais E Combate Ao Racismo Do Movimento Negro Unificado Do Ceará

I Curso De Formação em Relações Étnico-Raciais E Combate Ao Racismo Do Movimento Negro Unificado Do Ceará: Saberes Construídos Na Luta Antirracista Cearense

O I Curso De Formação em Relações Étnico-Raciais E Combate Ao Racismo Do Movimento Negro Unificado Do Ceará, planejado e executado pelo MNU-CE em parceria com o Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em História e Letras da Universidade Estadual do Ceará, é aqui apresentado ao leitor na forma de um instrumento cuidadosamente organizado para a fixação dessa experiência como memória das nossas lutas antirracistas.

Composta de textos reflexivos das/os facilitadoras/es e das/os cursistas, essa publicação, sob a responsabilidade da companheira Ana Cristina Rodrigues da Silva – Coordenadora do GT Formação MNU-CE e do companheiro Marco Antonio Lima do Bonfim – Coordenador Municipal de Formação MNU – Fortaleza, é mais que o registro de muitas horas de trabalho.

É parte dos nossos sonhos, como aquele que inspirou Martin Luther King, de vivermos em um país livre do ódio racial e de qualquer ódio.

É neste sentido que o presente livro avoca um caráter simbólico dado o momento crítico de exacerbação da “política como arma de guerra” – parafraseando a expressão empregada pelo filósofo e historiador camaronês Achille Mbembe.

Desde o golpe de Estado que derrubou a presidente Dilma Rousseff e a posterior tomada do poder pela extrema direita, nas últimas eleições, vivemos no Brasil tempos sombrios.

Acompanhando Mbembe, o MNU considera que o atual governo brasileiro recorreu, de forma explícita, à mesma lógica da necropolítica adotada para a colonização, diasporização e escravi-zação negra.

A política de morte exercida pelo Estado colonial, representada, na ponta da ação coercitiva, pelo capitão do mato, é a mesma readaptada para a elaboração do infame “pacote anti-crime”, em tramitação no Congresso Nacional.

O excludente de licitude ali defendido pelo atual ministro da Justiça é o imo da política de repressão praticada atualmente no estado do Rio de Janeiro, que tem como expressão máxima de poder a capacidade de decisão sobre quais vidas merecem ser vividas e quais corpos devem ser eliminados.

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O I Curso De Formação em Relações Étnico-Raciais E Combate Ao Racismo Do Movimento Negro Unificado Do Ceará, planejado e executado pelo MNU-CE em parceria com o Mestrado Acadêmico Interdisciplinar em História e Letras da Universidade Estadual do Ceará, é aqui apresentado ao leitor na forma de um instrumento cuidadosamente organizado para a fixação dessa experiência como memória das nossas lutas antirracistas.

Composta de textos reflexivos das/os facilitadoras/es e das/os cursistas, essa publicação, sob a responsabilidade da companheira Ana Cristina Rodrigues da Silva – Coordenadora do GT Formação MNU-CE e do companheiro Marco Antonio Lima do Bonfim – Coordenador Municipal de Formação MNU – Fortaleza, é mais que o registro de muitas horas de trabalho.

É parte dos nossos sonhos, como aquele que inspirou Martin Luther King, de vivermos em um país livre do ódio racial e de qualquer ódio.

É neste sentido que o presente livro avoca um caráter simbólico dado o momento crítico de exacerbação da “política como arma de guerra” – parafraseando a expressão empregada pelo filósofo e historiador camaronês Achille Mbembe.

Desde o golpe de Estado que derrubou a presidente Dilma Rousseff e a posterior tomada do poder pela extrema direita, nas últimas eleições, vivemos no Brasil tempos sombrios.

Acompanhando Mbembe, o MNU considera que o atual governo brasileiro recorreu, de forma explícita, à mesma lógica da necropolítica adotada para a colonização, diasporização e escravi-zação negra.

A política de morte exercida pelo Estado colonial, representada, na ponta da ação coercitiva, pelo capitão do mato, é a mesma readaptada para a elaboração do infame “pacote anti-crime”, em tramitação no Congresso Nacional.

O excludente de licitude ali defendido pelo atual ministro da Justiça é o imo da política de repressão praticada atualmente no estado do Rio de Janeiro, que tem como expressão máxima de poder a capacidade de decisão sobre quais vidas merecem ser vividas e quais corpos devem ser eliminados.

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