Conhecimento Lingüístico E Apropriação Do Sistema De Escrita

Neste Caderno vamos tratar das relações que se estabelecem entre os aspectos ortográficos do português escrito e o sistema fonológico do português. Nosso recorte é, portanto, bastante preciso.


Conforme sabemos, a escrita de qualquer uma das línguas humanas – e, entre elas, o português – envolve muitos aspectos que o aprendiz deve dominar ao longo de seu aprendizado. Além dos aspectos fonológicos, ou seja, além dos aspectos que têm a ver com os sons do português, a escrita do português envolve também aspectos morfológicos, gramaticais e textuais. Cuidaremos, aqui, apenas dos primeiros aspectos, os fonológicos, sem, é claro, pensar que outros fatores não estejam igualmente envolvidos no aprendizado da escrita e que esses fatores não sejam igualmente importantes.
O Caderno foi organizado em cinco seções:
1. Como é que as crianças aprendem a escrever?
2. Sistemas de Escrita
3. Os sons do português
4. As relações entre a pauta sonora e a ortografia
5. Uma classificação dos problemas de escrita
Na primeira seção, focalizamos a questão Como é que as crianças aprendem a escrever?, apresentando e discutindo três teorias de aprendizado da escrita. Nossa hipótese é a de que o aluno, ao longo de seu processo de aprendizagem da escrita, se move de um sistema de representação calcado na fala para um sistema de representação calcado na língua.
Acreditamos que, com essa discussão, fornecemos subsídios para que o professor possa construir sua resposta à pergunta "Como é que se faz para ensinar as crianças a escrever?".
Na seção 2, para falar da natureza e da história dos sistemas de escrita, partimos da idéia de que as línguas se organizam em dois planos – o do conteúdo e o da expressão – e relacionamos os diferentes sistemas a um desses planos.
A seção 3 trata dos sons do português falado, considerando que é através dos sons de sua fala que o aprendiz se guia nas primeiras produções escritas. Nessa reflexão, traçamos paralelos entre os conceitos de fala e língua; sons e letras; fones e fonemas; codificação e representação.
O foco da seção 4 são as relações entre a escrita ortográfica e a pauta sonora do português.
Nossa discussão aponta, além disso, alguns aspectos da ortografia do português que estão ligados ao plano do conteúdo (sem apoio na pauta sonora) e outros que estão ligados ao plano gramatical.
Tendo apresentado reflexões sobre as hipóteses que o aprendiz faz na construção de um sistema de escrita e também sobre as relações entre os sons e as letras na escrita ortográfica,
propomos, na seção 5, uma classificação dos problemas de escrita encontrados em textos de alunos. Entendemos que uma classificação dos problemas de escrita permite ao professor separá-los segundo a sua natureza e, a partir disso, pode contribuir para que ele realize intervenções pedagógicas mais eficazes.

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Neste Caderno vamos tratar das relações que se estabelecem entre os aspectos ortográficos do português escrito e o sistema fonológico do português. Nosso recorte é, portanto, bastante preciso.
Conforme sabemos, a escrita de qualquer uma das línguas humanas – e, entre elas, o português – envolve muitos aspectos que o aprendiz deve dominar ao longo de seu aprendizado. Além dos aspectos fonológicos, ou seja, além dos aspectos que têm a ver com os sons do português, a escrita do português envolve também aspectos morfológicos, gramaticais e textuais. Cuidaremos, aqui, apenas dos primeiros aspectos, os fonológicos, sem, é claro, pensar que outros fatores não estejam igualmente envolvidos no aprendizado da escrita e que esses fatores não sejam igualmente importantes.
O Caderno foi organizado em cinco seções:
1. Como é que as crianças aprendem a escrever?
2. Sistemas de Escrita
3. Os sons do português
4. As relações entre a pauta sonora e a ortografia
5. Uma classificação dos problemas de escrita
Na primeira seção, focalizamos a questão Como é que as crianças aprendem a escrever?, apresentando e discutindo três teorias de aprendizado da escrita. Nossa hipótese é a de que o aluno, ao longo de seu processo de aprendizagem da escrita, se move de um sistema de representação calcado na fala para um sistema de representação calcado na língua.
Acreditamos que, com essa discussão, fornecemos subsídios para que o professor possa construir sua resposta à pergunta “Como é que se faz para ensinar as crianças a escrever?”.
Na seção 2, para falar da natureza e da história dos sistemas de escrita, partimos da idéia de que as línguas se organizam em dois planos – o do conteúdo e o da expressão – e relacionamos os diferentes sistemas a um desses planos.
A seção 3 trata dos sons do português falado, considerando que é através dos sons de sua fala que o aprendiz se guia nas primeiras produções escritas. Nessa reflexão, traçamos paralelos entre os conceitos de fala e língua; sons e letras; fones e fonemas; codificação e representação.
O foco da seção 4 são as relações entre a escrita ortográfica e a pauta sonora do português.
Nossa discussão aponta, além disso, alguns aspectos da ortografia do português que estão ligados ao plano do conteúdo (sem apoio na pauta sonora) e outros que estão ligados ao plano gramatical.
Tendo apresentado reflexões sobre as hipóteses que o aprendiz faz na construção de um sistema de escrita e também sobre as relações entre os sons e as letras na escrita ortográfica,
propomos, na seção 5, uma classificação dos problemas de escrita encontrados em textos de alunos. Entendemos que uma classificação dos problemas de escrita permite ao professor separá-los segundo a sua natureza e, a partir disso, pode contribuir para que ele realize intervenções pedagógicas mais eficazes.

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