Museus E Atores Sociais

Museus E Atores Sociais segue um fluxo de publicação relacionado ao Comitê de Patrimônio e Museus da Associação Brasileira de Antropologia.

A Antropologia manteve desde seus primórdios forte relação com o campo dos museus seja como área de conhecimento no contexto das instituições museais de cunho enciclopédico, seja criando instituições museais articuladas com a prática etnográfica; ou ainda construindo um olhar particular sobre os museus no contemporâneo.

Cada um desses movimentos expressa um certo tipo de inserção do antropólogo nas práticas da disciplina, bem como revela momentos singulares no cruzamento da história da antropologia e da história dos museus.

Num primeiro movimento, temos uma vertente evolucionista e positivista da Antropologia, onde a coleta de objetos e sua conservação nos museus expressavam a constituição de acervos documentais de confiabilidade para as pesquisas; num segundo movimento, temos a criação e a institucionalização dos chamados “museus etnográficos” - consagrados modelos que associavam o estudo das particularidades culturais à preservação de objetos coletados durante a pesquisa de campo.

Num terceiro movimento, os antropólogos passaram a se interessar por etnografar os museus como sintomas de práticas sociais e espaços de poder conjugados a regimes de valor que convertem artefatos em bens consagrados (lógicas colecionistas); expressões culturais e modos de fazer em “bens patrimoniais”; rituais em performances públicas; pessoas em “representantes” e “porta-vozes” de etnias e comunidades.

Produzir novas interpretações em conjunto com os produtores das referências culturais de seu grupo na perspectiva de uma partilha de espaços e tempos sociais; repensar as questões éticas de exibição e publicação impressa ou fonográfica; tudo isso se apresenta como uma tarefa ética e prioritária aos antropólogos e seus campos museais.

O livro Museus E Atores Sociais: Perspectivas Antropológicas, que apresentamos, segue um fluxo de publicação relacionado ao Comitê de Patrimônio e Museus da Associação Brasileira de Antropologia.

Dessa maneira, no ano de 2007, a ABA publicou Antropologia E Patrimônio Cultural: Diálogos E Desafios Contemporâneos organizado por Manuel F. Lima Filho, Cornélia Eckert e Jane Beltrão, e no ano de 2012, Izabela Tamaso e Manuel F. Lima Filho organizaram o livro Antropologia e patrimônio cultural: trajetórias e conceitos também com o selo da ABA.

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Cada um desses movimentos expressa um certo tipo de inserção do antropólogo nas práticas da disciplina, bem como revela momentos singulares no cruzamento da história da antropologia e da história dos museus.

Num primeiro movimento, temos uma vertente evolucionista e positivista da Antropologia, onde a coleta de objetos e sua conservação nos museus expressavam a constituição de acervos documentais de confiabilidade para as pesquisas; num segundo movimento, temos a criação e a institucionalização dos chamados “museus etnográficos” – consagrados modelos que associavam o estudo das particularidades culturais à preservação de objetos coletados durante a pesquisa de campo.

Num terceiro movimento, os antropólogos passaram a se interessar por etnografar os museus como sintomas de práticas sociais e espaços de poder conjugados a regimes de valor que convertem artefatos em bens consagrados (lógicas colecionistas); expressões culturais e modos de fazer em “bens patrimoniais”; rituais em performances públicas; pessoas em “representantes” e “porta-vozes” de etnias e comunidades.

Produzir novas interpretações em conjunto com os produtores das referências culturais de seu grupo na perspectiva de uma partilha de espaços e tempos sociais; repensar as questões éticas de exibição e publicação impressa ou fonográfica; tudo isso se apresenta como uma tarefa ética e prioritária aos antropólogos e seus campos museais.

O livro Museus E Atores Sociais: Perspectivas Antropológicas, que apresentamos, segue um fluxo de publicação relacionado ao Comitê de Patrimônio e Museus da Associação Brasileira de Antropologia.

Dessa maneira, no ano de 2007, a ABA publicou Antropologia E Patrimônio Cultural: Diálogos E Desafios Contemporâneos organizado por Manuel F. Lima Filho, Cornélia Eckert e Jane Beltrão, e no ano de 2012, Izabela Tamaso e Manuel F. Lima Filho organizaram o livro Antropologia e patrimônio cultural: trajetórias e conceitos também com o selo da ABA.

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