O Ano Vermelho

Este livro “magistral”, apresenta o significado do ano vermelho brasileiro para a incorporação do país à história política mundial.

Escrito no exílio de Luiz Alberto Moniz Bandeira e publicado originalmente em 1967, O Ano Vermelho retorna em edição revista e ampliada, com novos documentos e reflexões, no centenário da Revolução de Outubro e da primeira greve geral do Brasil.

A primeira edição apresentou aos brasileiros os acontecimentos que colocariam, para sempre, a questão operária (ou social) no centro da agenda política e histórica do país.

Era o resultado da irrupção das relações capitalistas, a partir da segunda metade do século XX, da Abolição, da grande imigração e dos surtos econômicos que possibilitaram a primeira industrialização do país, especialmente durante a Primeira Guerra Mundial.

Este livro “magistral” – nas palavras do prof. Oswaldo Coggiola –, apresenta o significado do ano vermelho brasileiro para a incorporação do país à história política mundial e o modo pelo qual essa luta viria a condicionar as mudanças políticas posteriores (tenentismo, Revolução de 1930, “varguismo” e incorporação do sindicato e da legislação trabalhista e social à estrutura política brasileira).

Para a época em que vivemos, merecem destaque dois aspectos da fase de infância do movimento operário, reconstituída em O Ano Vermelho.

O primeiro diz respeito à estria anarquista, predominante naquela época e oriunda da contribuição proporcionada pela imigração latina, da Península Ibérica e da Península Italiana, que tanta influência exerceu, quantitativa e qualitativamente, na formação do proletariado brasileiro.

Tais imigrantes, oriundos de países de predominância camponesa e muitos, eles próprios, oriundos do campo, vinham da pátria do anarquismo, que ainda não desapareceu de todo.

A contribuição anarquista merece ser estudada com atenção: ela tem muita semelhança com a sua descendente direta, dos dias atuais, o esquerdismo, que se apresenta com tanto ruído no palco latino-americano.

O outro aspecto diz respeito às formas variadas de deformação que foram amplamente utilizadas – como fica excelentemente documentado neste livro – para fins de propaganda.

Parece brincadeira, contribuição ao anedotário, o que os jornais brasileiros, abastecidos pelas agências internacionais de notícias, publicavam, em 1917 e mesmo depois, a respeito do acontecimento mais importante da história: a Revolução Socialista.

Não há necessidade de recordar e, portanto, de repetir, aqui, o que se encontra logo adiante. Leiam e deliciem-se.

E vejam como tais deformações se assemelham profundamente às deformações com que a opinião nacional é induzida a posições e concepções inteira e essencialmente errôneas a respeito dos acontecimentos e das personagens.

Estes dois ensinamentos representam mais um serviço que O Ano Vermelho presta, e não dos menores.

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Este livro “magistral”, apresenta o significado do ano vermelho brasileiro para a incorporação do país à história política mundial.

Escrito no exílio de Luiz Alberto Moniz Bandeira e publicado originalmente em 1967, O Ano Vermelho retorna em edição revista e ampliada, com novos documentos e reflexões, no centenário da Revolução de Outubro e da primeira greve geral do Brasil.

A primeira edição apresentou aos brasileiros os acontecimentos que colocariam, para sempre, a questão operária (ou social) no centro da agenda política e histórica do país.

Era o resultado da irrupção das relações capitalistas, a partir da segunda metade do século XX, da Abolição, da grande imigração e dos surtos econômicos que possibilitaram a primeira industrialização do país, especialmente durante a Primeira Guerra Mundial.

Este livro “magistral” – nas palavras do prof. Oswaldo Coggiola –, apresenta o significado do ano vermelho brasileiro para a incorporação do país à história política mundial e o modo pelo qual essa luta viria a condicionar as mudanças políticas posteriores (tenentismo, Revolução de 1930, “varguismo” e incorporação do sindicato e da legislação trabalhista e social à estrutura política brasileira).

Para a época em que vivemos, merecem destaque dois aspectos da fase de infância do movimento operário, reconstituída em O Ano Vermelho.

O primeiro diz respeito à estria anarquista, predominante naquela época e oriunda da contribuição proporcionada pela imigração latina, da Península Ibérica e da Península Italiana, que tanta influência exerceu, quantitativa e qualitativamente, na formação do proletariado brasileiro.

Tais imigrantes, oriundos de países de predominância camponesa e muitos, eles próprios, oriundos do campo, vinham da pátria do anarquismo, que ainda não desapareceu de todo.

A contribuição anarquista merece ser estudada com atenção: ela tem muita semelhança com a sua descendente direta, dos dias atuais, o esquerdismo, que se apresenta com tanto ruído no palco latino-americano.

O outro aspecto diz respeito às formas variadas de deformação que foram amplamente utilizadas – como fica excelentemente documentado neste livro – para fins de propaganda.

Parece brincadeira, contribuição ao anedotário, o que os jornais brasileiros, abastecidos pelas agências internacionais de notícias, publicavam, em 1917 e mesmo depois, a respeito do acontecimento mais importante da história: a Revolução Socialista.

Não há necessidade de recordar e, portanto, de repetir, aqui, o que se encontra logo adiante. Leiam e deliciem-se.

E vejam como tais deformações se assemelham profundamente às deformações com que a opinião nacional é induzida a posições e concepções inteira e essencialmente errôneas a respeito dos acontecimentos e das personagens.

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