Nos últimos anos, publiquei aqui e acolá, diversos artigos em revistas acadêmicas, de várias áreas, sobre temas relacionados às juventudes e aos movimentos juvenis. O objetivo desta obra é, simplesmente, apresentar ao público interessado nestes temas tais textos que nunca apareceram antes em forma de livro e que, em vários casos, não são mais facilmente acessíveis.
Esta singela coletânea acaba sendo uma curiosa polifonia da mesma voz, em diversos momentos de sua criação científica, desde o final dos anos 1990 – com artigos oriundos de minha pesquisa para a dissertação de mestrado – até o ano de 2015. Por vezes, não parece ser a mesma voz, ou o ouvido de hoje não se reconhece nos sons de outrora. Na verdade, trata-se do mesmo sujeito em constante transformação, tentando se sintonizar aos processos históricos e sociais tanto quanto compreender a si mesmo.
Não quis mudar muito em relação às versões originais. Apenas corrigi erros e imprecisões, mas nunca mudei os argumentos, mesmo que eu mesmo tenha em parte revisto as posições originais, mesmo que os eventos posteriores tenham relativizado as previsões. Em apenas um caso, justamente o capítulo final, fiz uso de uma versão mais longa em relação à publicada, mas apenas acrescentando partes que tiveram de ser cortadas dos originais.
Os textos estão divididos em Partes, desde uma certa unidade temática. Dentro de cada temática, aí a sequência normalmente é temporal.
Assim, as partes trazem as temáticas da Sociologia da Juventude (Parte I), Lazer e Música (II) e Movimentos (III), com as quais esbarrei ou busquei ao longo destes anos.
O primeiro capítulo, Dialética das juventudes modernas e contemporâneas, abre a Parte I (“Sociologia da Juventude”), e tem funcionado ao longo dos anos como uma espécie de programa de pesquisas e um eixo ético-político e teórico, o qual tem me guiado. Aí proponho a condição juvenil e a categoria juventude como elementos dialéticos no interior da estrutura das sociedades modernas e contemporâneas, a um tempo integrando corpos e almas, tanto quanto promovendo rupturas e transformações sociais. Versão mais curta foi publicada originalmente na Revista do COGEIME (Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino). Tratou-se de um pedido feito por um conselheiro desta revista, após conhecer a minha tese de doutorado, submetida à Editora da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e que se tornou o livro “Uma onda mundial de revoltas: movimentos estudantis de 1968”.
Juventudes: Sociologia, Cultura E Movimentos
- Ciências Sociais
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