O Migrante Como Lugar Ético-Metafísico

O Migrante Como Lugar Ético-Metafísico pretende trazer uma reflexão da ética e da metafísica levinasiana na figura do migrante.

Esta obra pretende trazer uma reflexão da ética e da metafísica levinasiana na figura do migrante, no sentido de compreender a importância que a proposta de Emmanuel Levinas tem para os dias atuais, especialmente no contexto de um mundo com suas mazelas provocadas pelo neoliberalismo e pelo capitalismo perverso.

O filósofo fez uma crítica substancial à absolutização da razão ontológica totalizante, que provocou guerras, genocídio, preconceitos, racismo e que continua destruindo o ser humano.

Quando, no ocidente, se absolutizou esta proposta, a humanidade destruiu-se porque não viu no outro ser humano o desigual com o qual poderia conviver e estabelecer relações fraternas. O outro se mostrou como desigual e assimétrico; o eu totalizador sentiu-se ameaçado e, com extrema violência, procurou meios para destruir aquele que pareceu ser ameaçador.

Numa lógica da intolerância e da guerra, o outro deve ser exterminado e não acolhido. A proposta da ética levinasiana está na relação que se estabelece com o outro metafísico, que não necessariamente é uma experiência agradável, mas que deve, assim mesmo, ser de acolhida e de hospitalidade.

O outro, como o pobre, o estrangeiro, a viúva ou o órfão que chega em sua autenticidade e é absolutamente outro, tão autêntico que não cabe dentro dos conceitos formados pelo eu, que tenta vê-lo dentro de si mesmo.

Mas quando esse eu consegue perceber os pré-conceitos e a intolerância de uma razão totalizante e fechada e consegue superar essa postura arrogante e totalizadora, vê e acolhe o outro na sua originalidade; nasce dentro do eu um desejo e uma amorosidade que possibilita a relação.

É um desejo pelo infinitamente outro metafísico; pelo outro desigual e assimétrico, no qual identificamos a ética. Quando o outro é o migrante, a relação de responsabilidade e de hospitalidade nos mostra que a ética com esse ser é possível.

Num mundo em que ainda hoje a lógica da razão totalizadora é colocada como a única possibilidade de uma possível relação, surgem os pré-conceitos, as guerras, a pobreza e o ódio para com aquele que é desigual, assimétrico e absolutamente outro.

É necessário, porém, que o outro seja acolhido e cuidado em sua essência. O mundo precisa de uma ética do cuidado, da responsabilidade, da acolhida. A ética, como resistência do outro metafísico que Levinas propõe, é uma possibilidade para construir um mundo onde ninguém seja migrante excluído.

Todo ser humano tem direito a viver com dignidade no melhor lugar que escolher.

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O filósofo fez uma crítica substancial à absolutização da razão ontológica totalizante, que provocou guerras, genocídio, preconceitos, racismo e que continua destruindo o ser humano.

Quando, no ocidente, se absolutizou esta proposta, a humanidade destruiu-se porque não viu no outro ser humano o desigual com o qual poderia conviver e estabelecer relações fraternas. O outro se mostrou como desigual e assimétrico; o eu totalizador sentiu-se ameaçado e, com extrema violência, procurou meios para destruir aquele que pareceu ser ameaçador.

Numa lógica da intolerância e da guerra, o outro deve ser exterminado e não acolhido. A proposta da ética levinasiana está na relação que se estabelece com o outro metafísico, que não necessariamente é uma experiência agradável, mas que deve, assim mesmo, ser de acolhida e de hospitalidade.

O outro, como o pobre, o estrangeiro, a viúva ou o órfão que chega em sua autenticidade e é absolutamente outro, tão autêntico que não cabe dentro dos conceitos formados pelo eu, que tenta vê-lo dentro de si mesmo.

Mas quando esse eu consegue perceber os pré-conceitos e a intolerância de uma razão totalizante e fechada e consegue superar essa postura arrogante e totalizadora, vê e acolhe o outro na sua originalidade; nasce dentro do eu um desejo e uma amorosidade que possibilita a relação.

É um desejo pelo infinitamente outro metafísico; pelo outro desigual e assimétrico, no qual identificamos a ética. Quando o outro é o migrante, a relação de responsabilidade e de hospitalidade nos mostra que a ética com esse ser é possível.

Num mundo em que ainda hoje a lógica da razão totalizadora é colocada como a única possibilidade de uma possível relação, surgem os pré-conceitos, as guerras, a pobreza e o ódio para com aquele que é desigual, assimétrico e absolutamente outro.

É necessário, porém, que o outro seja acolhido e cuidado em sua essência. O mundo precisa de uma ética do cuidado, da responsabilidade, da acolhida. A ética, como resistência do outro metafísico que Levinas propõe, é uma possibilidade para construir um mundo onde ninguém seja migrante excluído.

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