
Em busca da compreensão de nossa condição de inacabamento e fragmentação a obra aqui apresentada: Imaginação E Formação: Travessias Entre Os Estudos Do Imaginário E Das (Auto)Biografias, organizada por Lúcia Maria Vaz Peres, Andrisa Kemel Zanella e Lourdes Maria Bragagnolo Frison (in memoriam), reúne autores pelos quais nutro alto grau de admiração intelectual e sensibilidade, são investigadores de referência, que promovem a articulação entre Narrativa (Auto)Biográfica e Imaginário, constituindo uma originalidade, na divulgação de construção de produção do conhecimento, no evento que aproximou o II Colóquio Internacional sobre Imaginário, Educação e (Auto)biografias, o VI Colóquio sobre Imaginário e Educação, proposições do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Imaginário, Educação e Memória (GEPIEM) e o I Encontro Regional da BIOGraph Sul: Pedagogia do Imaginário: Matrizes Oníricas de uma Escola Viva!, durante rês dias, na Universidade de Pelotas, que resulta nesta obra aqui apresentada.
A leitura desta obra proporcionou-me uma reflexão profunda para vislumbrar um sujeito existencial, que se perceba como ser humano, capaz de representar e compreender sua visão de mundo na própria Narrativa (Auto)Biográfica. Esta experiência pode ser percebida no pensamento de Paulo Freire, ao destacar a perspectiva existencial, que alude a uma eterna busca do ser humano por si mesmo, como elemento deste sujeito histórico.
O princípio da liberdade origina-se neste aprendizado, como forma de agir e de destino do homem, pois é imprescindível que a existência humana se dê em liberdade para que possa constituir sentido e significado.
O diálogo, um elemento deflagrador da reflexão, sustenta a participação dos autores dos capítulos desta obra. É uma gama de temas importantes para a reflexão sobre o processo das relações humanas entre a Narrativa (Auto)Biográfica e o Imaginário. O diálogo faz emergir forte desejo de aproximação e convergência da relação entre polos contrários: conceito e imagem, singular e coletivo, arte e ciência, vida e morte, sensibilidade e razão, estão presentes no exercício da educação e na vivência e convivência social.
