
Florianópolis Arqueológica é resultado de um trabalho eminentemente coletivo. Começou a ser gestado há mais de dez anos por interesse de estudantes de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que, inicialmente, contaram com apoio do Programa de Ensino Tutorial de História e que, posteriormente, criaram o Núcleo de Arqueologia da UFSC (NAU). Esses alunos organizaram uma série de eventos, grupos de estudo e impulsionaram discussões sobre arqueologia no Departamento de História da UFSC.
As atividades e discussões sempre estiverem voltadas para a arqueologia de Santa Catarina e, de uma forma mais específica, para a arqueologia de Florianópolis. Alguns desses alunos – que hoje são mestres, doutores ou estão fazendo seus mestrados e doutorados no Brasil e no exterior – figuram entre os autores dos capítulos deste livro.
Em fevereiro de 2012, estabelecemos uma parceria com o NAU, a qual resultou na criação do Laboratório de Estudos Interdisciplinares em Arqueologia (LEIA), seguida pela cooperação entre o Departamento de História e o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC (MArquE).
Nesse processo, duas pessoas foram de suma importância – professor João Klug, que vinha colaborando com o NAU desde sua fundação, e a arqueóloga Teresa Fossari, então diretora do MArquE, que deu todo o apoio necessário para a formação do LEIA. A partir de muitas conversas entre os integrantes do laboratório, construímos coletivamente o projeto intitulado Florianópolis Arqueológica.
Pensamos em combinar experiências distintas, associadas a uma preocupação e um interesse em comum. A ideia foi de, através do projeto, agregar a experiência de um de nós (Lucas Bueno) como arqueólogo, ao conhecimento dos alunos sobre a região, para que juntos pudéssemos nos aprofundar no estudo do patrimônio arqueológico de Florianópolis e produzir algo que pudesse ter impacto nas diretrizes relativas ao gerenciamento desse patrimônio.
Para além disso, a vivência em Florianópolis nos fez perceber a urgência de amplo levantamento e diagnóstico do patrimônio arqueológico do município, que se encontrava e continua hoje sujeito a ações predatórias decorrentes de um crescimento urbano desordenado e em ritmo acelerado. A união desses elementos gerou o projeto Florianópolis Arqueológica.
