Nascido em Argel, em 1918. Filiou-se ao Partido Comunista em Paris em 1948. Althusser assassinou sua esposa em 1980 e foi internado em um asilo até sua morte, em 1990. Obras mais influentes: Para Marx (1965) e Lênin e a filosofia (1969). Buscou a reconciliação entre o marxismo e o estruturalismo e geralmente lembrado como o mais importante defensor do estruturalismo moderno e principal proponente da idéia de que o “Marx maduro” teve uma quebra fundamental com o “humanismo” romântico do “jovem Marx”.
À época em que Althusser se juntou ao Partido Comunista, Jean-Paul Sartre, o antigo existencialista que lutou na Resistência, e seu colega no Les Temps Moderne, o antigo fenomenologista Maurice Merleau-Ponty, faziam parte da nata intelectual que se aliara à URSS.
O clima sombrio do pós-guerra que popularizou o existencialismo desapareceu com a recuperação da economia, e no período de boom dos anos 1960 ele foi substituído pela nova tendência do chamado estruturalismo, cujas pretensões científicas melhor serviam a uma era tecnológica. O estruturalismo se tornou uma moda intelectual na França dos anos 60. O estruturalismo lingüístico de Roman Jakobson, a crítica literária estruturalista de Roland Barthes e o estruturalismo antropológico de Lévi-Strauss desfrutavam de um amplo interesse. Louis Althusser e seu aluno Michel Foucault eram também considerados representantes dessa corrente. Os estruturalistas enfatizavam a existência de “estruturas profundas” que formavam a base de todas as culturas humanas, deixando pouco espaço tanto para a mudança histórica, seja quanto para a iniciativa humana.
Suas obras de maior influência incluem Para Marx (1965) e Lênin e a filosofia (1969), incluindo o artigo “A ideologia e os aparelhos ideológicos de Estado”. Althusser enxergava o humanismo de Marx como uma fase temporária, Feuerbachiana, superada pelo comprometimento com a observação científica da estrutura da sociedade burguesa.
Nos anos 1970, o estruturalismo começou a ceder lugar a um grupo de doutrinas denominado “pós-estruturalismo”, sendo cada variante identificada com seu próprio pensador-mor: Jacques Derrida, Michel Foucault e Jacques Lacan.
