Kadila: Culturas E Ambientes (Diálogos Brasil-Angola)

Kadila, nome escolhido para o projeto, é uma palavra do quicongo que quer dizer ser ou coisa que traz boa sorte, felicidade, amuleto. A boa sorte coaduna-se com as adversidades enfrentadas na árdua vida dos pastores transumantes do deserto que nos acompanham neste projeto e com quem muito aprendemos e ainda queremos aprender.

A transumância tem sido definida como um fenômeno social que abrange uma vasta multiplicidade de fluxos que integram a experiência migratória, a vida produtiva e comunal no Deserto do Namibe. Nossa intenção inclui, além do interesse pela transumância e mobilidade humana que caracterizam as diásporas contemporâneas em termos antropológicos, históricos, geográficos, linguísticos e literários, a consolidação de diálogos inter e multidisciplinares fundadores de novas questões nas Ciências Humanas. Essas novas questões apenas começam a se esboçar nos capítulos deste livro, em forma de temas transversais que permitem conhecer a história e a formação cultural e política de Angola.
O estudo da mobilidade humana no deserto do Namibe, como nos ensinou o professor Samuel Aço, está apenas no começo. Sua importância – não apenas em Angola, mas no resto do mundo – está ligada diretamente à valorização dos fluxos migratórios internos aos territórios nacionais e das migrações decorrentes das guerras, dos desastres ambientais, das intolerâncias religiosas, de gênero, de etnia, entre outras. Trata-se, portanto, de um assunto atual e de grande importância para o campo dos direitos sociais e humanos e, além disso, diz muito sobre as formas de sustentabilidade da vida no mundo atual.
Partimos da investigação do fenômeno migratório desde a necessária escuta dos percursos e experiências vivenciadas pelos sujeitos migrantes. Nesse sentido, a ótica interdisciplinar requer enfrentar também qualquer redução de tais experiências a um conjunto de causas/consequências a serem apontadas genericamente.
Trata-se de buscar a elaboração de um entendimento da multiplicidade dos fluxos e modalidades vividas por seus protagonistas, em termos regionais, religiosos, linguísticos, literários, artísticos, bem como daqueles que visam atender às modalidades variadas da vida produtiva e comunal.

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O estudo da mobilidade humana no deserto do Namibe, como nos ensinou o professor Samuel Aço, está apenas no começo. Sua importância – não apenas em Angola, mas no resto do mundo – está ligada diretamente à valorização dos fluxos migratórios internos aos territórios nacionais e das migrações decorrentes das guerras, dos desastres ambientais, das intolerâncias religiosas, de gênero, de etnia, entre outras. Trata-se, portanto, de um assunto atual e de grande importância para o campo dos direitos sociais e humanos e, além disso, diz muito sobre as formas de sustentabilidade da vida no mundo atual.
Partimos da investigação do fenômeno migratório desde a necessária escuta dos percursos e experiências vivenciadas pelos sujeitos migrantes. Nesse sentido, a ótica interdisciplinar requer enfrentar também qualquer redução de tais experiências a um conjunto de causas/consequências a serem apontadas genericamente.
Trata-se de buscar a elaboração de um entendimento da multiplicidade dos fluxos e modalidades vividas por seus protagonistas, em termos regionais, religiosos, linguísticos, literários, artísticos, bem como daqueles que visam atender às modalidades variadas da vida produtiva e comunal.

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