Canção De Ninar
– Nascida no Marrocos, em 1981, e radicada em Paris aos 17 anos, Leïla Slimani foi indicada pelo presidente Emmanuel Macron como promotora da língua e da cultura francesas. Mas a autora de um romance perturbador como Canção De Ninar passaria bem sem a distinção oficial.
Nas primeiras páginas, o leitor é confrontado com a terrível cena de um crime: um bebê morto e sua irmã mais velha agonizante em um apartamento parisiense. A assassina é a babá, que os jovens pais julgavam irrepreensível. A investigação dos motivos do crime desvela ressentimentos pessoais e tensões sociais comuns na delicada relação entre pais e cuidadoras.
Apesar da relutância do marido, Myriam, mãe de duas crianças pequenas, decide voltar a trabalhar em um escritório de advocacia. O casal inicia uma seleção rigorosa em busca da babá perfeita e fica encantado ao encontrar Louise: discreta, educada e dedicada, ela se dá bem com as crianças, mantém a casa sempre limpa e não reclama quando precisa ficar até tarde.
Aos poucos, no entanto, a relação de dependência mútua entre a família e Louise dá origem a pequenas frustrações – até o dia em que ocorre uma tragédia. Com uma tensão crescente construída desde as primeiras linhas, Canção De Ninar trata de questões que revelam a essência de nossos tempos, abordando as relações de poder, os preconceitos de classe e entre culturas, o papel da mulher na sociedade e as cobranças envolvendo a maternidade.
Publicado em mais de 30 países e com mais de 600 mil exemplares vendidos na França, Canção De Ninar fez de Leïla Slimani a primeira autora de origem marroquina a vencer o Goncourt, o mais prestigioso prêmio literário francês. “A tensão latente em cada página aquece aos poucos a análise da burguesia, até ser dinamitada por um impulso de violência instintiva.
Faça uma doação para a Biblioteca Livr’Andante
e ganhe esta camisa ou escolha outros dos
nossos brindes.