Fronteiras Do Capital

Em Fronteiras Do Capital, pesquisadores experientes refletem sobre os dilemas das contradições entre o capital e o trabalho nesse período histórico.

O Front – Instituto de Estudos Contemporâneos – foi criado em Porto Alegre, em 2018, reunindo pesquisadores sociais pertencentes aos movimentos e organizações populares cujas preocupações se dirigiam a desvelar as novas dinâmicas da sociedade do século 21. Naquele momento, compartilhávamos a impressão de que a nossa leitura da realidade encontrava-se bastante defasada em relação aos novos processos econômicos, sociais, políticos e ideológicos.

O termo “Front” refere-se à fronteira. Tanto a fronteira das transformações que estão em curso no momento atual quanto a fronteira do nosso conhecimento sobre essas transformações – que muitas vezes confundem mito e realidade.

No intuito de contribuir de alguma forma para atualizar esta leitura, nos propusemos a aprofundar três eixos: refletir sobre os impactos da financeirização do capitalismo, as mudanças no mundo do trabalho e a natureza e as novas configurações do Estado. Foi com esse mesmo objetivo que organizamos o Seminário Fronteiras do Capital, em junho de 2020, em formato não-presencial e mediado por tecnologia, cujas principais contribuições estão sintetizadas neste livro.

Se o propósito da fundação de nosso Instituto foi compreender para quais limites se dirigiam as fronteiras da relação capital-trabalho, incapazes ainda de assimilar ou compreender estes fenômenos na mesma velocidade com que esses limites se expandem, o cenário era ainda mais impreciso, quando realizamos o seminário.

A combinação da queda das bolsas de valores internacionais no primeiro trimestre do ano, com a alta e quedas bruscas dos preços do petróleo e, principalmente, a emergência da pandemia do Covid-19, resultaram numa conjuntura de aparente suspensão de decisões e projetos de futuro individuais e coletivos.

Esse cenário, marcado por um sentimento de excepcionalidade, potencializou mudanças de comportamento por parte das classes dominantes, ou, pelo menos, a exacerbação de certos comportamentos que podemos chamar de “pouco civilizados”.

Foi nesse contexto de incertezas que pedimos para pesquisadores experientes, igualmente vinculados às organizações e movimentos populares, a partir de uma perspectiva crítica, que procurassem compartilhar e refletir sobre os dilemas das contradições entre o capital e o trabalho nesse período histórico.

André Cardoso, economista do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, e Flávio Miranda, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), debruçam-se sobre a hegemonia da financeirização, como ela se estabeleceu e quais suas consequências nesse momento. As condições dessas transformações e a crise do capitalismo no Brasil são o eixo da contribuição do professor Marcio Pochmann, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), enquanto Juliane Furno, doutora em Desenvolvimento Econômico na Unicamp, analisa as transformações que estão ocorrendo especificamente no mundo do trabalho, como a plataformização e a precarização mediada por aplicativos.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Fronteiras Do Capital

Em Fronteiras Do Capital, pesquisadores experientes refletem sobre os dilemas das contradições entre o capital e o trabalho nesse período histórico.

O Front – Instituto de Estudos Contemporâneos – foi criado em Porto Alegre, em 2018, reunindo pesquisadores sociais pertencentes aos movimentos e organizações populares cujas preocupações se dirigiam a desvelar as novas dinâmicas da sociedade do século 21. Naquele momento, compartilhávamos a impressão de que a nossa leitura da realidade encontrava-se bastante defasada em relação aos novos processos econômicos, sociais, políticos e ideológicos.

O termo “Front” refere-se à fronteira. Tanto a fronteira das transformações que estão em curso no momento atual quanto a fronteira do nosso conhecimento sobre essas transformações – que muitas vezes confundem mito e realidade.

No intuito de contribuir de alguma forma para atualizar esta leitura, nos propusemos a aprofundar três eixos: refletir sobre os impactos da financeirização do capitalismo, as mudanças no mundo do trabalho e a natureza e as novas configurações do Estado. Foi com esse mesmo objetivo que organizamos o Seminário Fronteiras do Capital, em junho de 2020, em formato não-presencial e mediado por tecnologia, cujas principais contribuições estão sintetizadas neste livro.

Se o propósito da fundação de nosso Instituto foi compreender para quais limites se dirigiam as fronteiras da relação capital-trabalho, incapazes ainda de assimilar ou compreender estes fenômenos na mesma velocidade com que esses limites se expandem, o cenário era ainda mais impreciso, quando realizamos o seminário.

A combinação da queda das bolsas de valores internacionais no primeiro trimestre do ano, com a alta e quedas bruscas dos preços do petróleo e, principalmente, a emergência da pandemia do Covid-19, resultaram numa conjuntura de aparente suspensão de decisões e projetos de futuro individuais e coletivos.

Esse cenário, marcado por um sentimento de excepcionalidade, potencializou mudanças de comportamento por parte das classes dominantes, ou, pelo menos, a exacerbação de certos comportamentos que podemos chamar de “pouco civilizados”.

Foi nesse contexto de incertezas que pedimos para pesquisadores experientes, igualmente vinculados às organizações e movimentos populares, a partir de uma perspectiva crítica, que procurassem compartilhar e refletir sobre os dilemas das contradições entre o capital e o trabalho nesse período histórico.

André Cardoso, economista do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, e Flávio Miranda, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), debruçam-se sobre a hegemonia da financeirização, como ela se estabeleceu e quais suas consequências nesse momento. As condições dessas transformações e a crise do capitalismo no Brasil são o eixo da contribuição do professor Marcio Pochmann, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), enquanto Juliane Furno, doutora em Desenvolvimento Econômico na Unicamp, analisa as transformações que estão ocorrendo especificamente no mundo do trabalho, como a plataformização e a precarização mediada por aplicativos.

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog