Que Luz É Essa?

Músicas:
1. Aboio Nova Era
2. Que Luz É Essa?
3. Pop Zen
4. Olhou Pro Céu
5. Logo Eu
6. Baxô Caboco
7. Mestiça Raix
8. Curupira
9. Forró Dos Dois Irmãos
10. Céu De Reis
11. Espelho Cristalino
12. Seo Zé
13. Zeca Diabo
14. Rochas Estelares

Muita água rolou sob a ponte desde que Chico Science mostrou que era possível juntar o regionalismo nordestino com o pop dos anos 90. Agora é a vez da Bahia mostrar que também tem vez neste caldeirão - que pode já ter dado todo o caldo que tinha. Os Lampirônicos são cria temporâ dessa tradição que não começou com o manguebeat, e sim com Mutantes, Raul Seixas e Alceu Valença (os dois últimos citados e presentes no álbum). Roqueiros criados à base de baião e xote, o sexteto soteropolitano transpira honestidade nas 14 canções do álbum. Já a surpresa e a invenção ficaram em segundo plano. Talvez culpa do excesso de expectativas criadas sobre o grupo (apadrinhados por Carlinhos Brown e produzidos por Paulo Rafael), talvez pela relativa imaturidade da banda, talvez por não haver mais mesmo como extrair novidade da fórmula - ou por todos os fatores citados. Se o álbum for ouvido dentro de sua devida estatura, sem se procurar a salvação do pop brasileiro (conforme aventaram alguns apressadinhos), pode se enxergar algum futuro no grupo.
Para quem ainda tem fé na mistureba guitarras pesadas + alguma eletrônica + sotaque & referências regionais, o disco é um prato cheio. No mínimo, é melhor do que clonar Charlie Brown Jr. ou Raimundos... Que Luz É Essa? transborda de referências, a começar pela faixa-título (Raul Seixas transformado em funk-rock, com a voz de Nikima entre Zé Ramalho e Chico Science). Alceu Valença participa da versão de sua Espelho Cristalino (uma misturada entre baião e funk, com discretos efeitinhos). E é claro que Carlinhos Brown empurra a sua Seo Zé (gravada por Marisa Monte), recriada num tom pesado e tribal. No mais, a banda soa mais interessante atacando o repertório alheio. Como na instrumental Forró dos Dois Irmãos, do recifense Edmilson do Pífano; no funk-metal caboclo de Curupira; e na bela melodia de Logo Eu, emoldurada por um baião simpático misturado a guitarras pesadas.

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11. Espelho Cristalino
12. Seo Zé
13. Zeca Diabo
14. Rochas Estelares

Muita água rolou sob a ponte desde que Chico Science mostrou que era possível juntar o regionalismo nordestino com o pop dos anos 90. Agora é a vez da Bahia mostrar que também tem vez neste caldeirão – que pode já ter dado todo o caldo que tinha. Os Lampirônicos são cria temporâ dessa tradição que não começou com o manguebeat, e sim com Mutantes, Raul Seixas e Alceu Valença (os dois últimos citados e presentes no álbum). Roqueiros criados à base de baião e xote, o sexteto soteropolitano transpira honestidade nas 14 canções do álbum. Já a surpresa e a invenção ficaram em segundo plano. Talvez culpa do excesso de expectativas criadas sobre o grupo (apadrinhados por Carlinhos Brown e produzidos por Paulo Rafael), talvez pela relativa imaturidade da banda, talvez por não haver mais mesmo como extrair novidade da fórmula – ou por todos os fatores citados. Se o álbum for ouvido dentro de sua devida estatura, sem se procurar a salvação do pop brasileiro (conforme aventaram alguns apressadinhos), pode se enxergar algum futuro no grupo.
Para quem ainda tem fé na mistureba guitarras pesadas + alguma eletrônica + sotaque & referências regionais, o disco é um prato cheio. No mínimo, é melhor do que clonar Charlie Brown Jr. ou Raimundos… Que Luz É Essa? transborda de referências, a começar pela faixa-título (Raul Seixas transformado em funk-rock, com a voz de Nikima entre Zé Ramalho e Chico Science). Alceu Valença participa da versão de sua Espelho Cristalino (uma misturada entre baião e funk, com discretos efeitinhos). E é claro que Carlinhos Brown empurra a sua Seo Zé (gravada por Marisa Monte), recriada num tom pesado e tribal. No mais, a banda soa mais interessante atacando o repertório alheio. Como na instrumental Forró dos Dois Irmãos, do recifense Edmilson do Pífano; no funk-metal caboclo de Curupira; e na bela melodia de Logo Eu, emoldurada por um baião simpático misturado a guitarras pesadas.

https://www.youtube.com/watch?v=LbSFN7DTzvs

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