A História Secreta Da Criatividade: Descubra Como Nascem As Ideias Que Podem Mudar O Mundo

O mito moldou o modo como entendemos a criação desde que se começou a pensar sobre ela. Em civilizações antigas, as pessoas acreditavam que as coisas podiam ser descobertas, mas não criadas.

Para elas, tudo já fora criado; elas compartilhavam a perspectiva da piada de Carl Sagan sobre esse tema: “Se você quiser fazer uma torta de maçã a partir do zero, primeiro precisa inventar o universo.”
Na Idade Média, a criação era possível, mas reservada para a divindade e para aqueles que recebessem inspiração divina. Na Renascença, os seres humanos foram finalmente considerados capazes de criar, mas precisavam ser grandes homens – como Da Vinci, Michelangelo, Botticelli. À medida que o século XIX se transformava no XX, criar tornou-se tema de investigação filosófica e em seguida psicológica.
A questão a ser investigada era: “Como os grandes homens fazem?” E a resposta tinha o resíduo da intervenção divina medieval. Boa parte da essência do mito foi acrescentada nessa época, com as mesmas referências sobre epifanias e gênios – inclusive falsificações como a carta de Mozart – sendo repetidamente veiculadas. Em 1926 Alfred North Whitehead transformou um verbo "criar" num substantivo e deu o nome ao mito: criatividade.
O mito da criatividade implica que poucos indivíduos podem ser criativos, que qualquer criador bem-sucedido experimentará grandes clarões de ideias e que criar tem mais a ver com magia do que com trabalho. Poucos e raros possuem o que é necessário, e para eles a coisa é fácil. Os esforços criativos de qualquer outra pessoa estão condenados. Este livro mostra por que o mito está errado.
Acreditei no mito até 1999. O início da minha carreira – no jornal estudantil da London University, numa nova empresa de macarrão em Bloomsbury chamada Wagamama e depois numa fábrica de sabão e papel chamada Procter & Gamble – sugeria que eu não era bom em criar. Eu lutava para executar minhas ideias. Quando tentava, as pessoas ficavam irritadas. Quando tinha sucesso, elas se esqueciam de que a ideia era minha.
Lia cada livro que encontrava sobre criação, e cada um deles dizia a mesma coisa: as ideias surgem de um jeito mágico, as pessoas as recebem com entusiasmo e os criadores são vencedores. Minhas ideias vinham de forma gradativa, as pessoas as recebiam sem animação e eu me sentia um fracassado. Minhas avaliações de desempenho eram ruins. Corria sempre o perigo de ser demitido. Não entendia por que minhas experiências criativas não eram parecidas com as dos livros.

 

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O mito moldou o modo como entendemos a criação desde que se começou a pensar sobre ela. Em civilizações antigas, as pessoas acreditavam que as coisas podiam ser descobertas, mas não criadas. Para elas, tudo já fora criado; elas compartilhavam a perspectiva da piada de Carl Sagan sobre esse tema: “Se você quiser fazer uma torta de maçã a partir do zero, primeiro precisa inventar o universo.”
Na Idade Média, a criação era possível, mas reservada para a divindade e para aqueles que recebessem inspiração divina. Na Renascença, os seres humanos foram finalmente considerados capazes de criar, mas precisavam ser grandes homens – como Da Vinci, Michelangelo, Botticelli. À medida que o século XIX se transformava no XX, criar tornou-se tema de investigação filosófica e em seguida psicológica.
A questão a ser investigada era: “Como os grandes homens fazem?” E a resposta tinha o resíduo da intervenção divina medieval. Boa parte da essência do mito foi acrescentada nessa época, com as mesmas referências sobre epifanias e gênios – inclusive falsificações como a carta de Mozart – sendo repetidamente veiculadas. Em 1926 Alfred North Whitehead transformou um verbo “criar” num substantivo e deu o nome ao mito: criatividade.
O mito da criatividade implica que poucos indivíduos podem ser criativos, que qualquer criador bem-sucedido experimentará grandes clarões de ideias e que criar tem mais a ver com magia do que com trabalho. Poucos e raros possuem o que é necessário, e para eles a coisa é fácil. Os esforços criativos de qualquer outra pessoa estão condenados. Este livro mostra por que o mito está errado.
Acreditei no mito até 1999. O início da minha carreira – no jornal estudantil da London University, numa nova empresa de macarrão em Bloomsbury chamada Wagamama e depois numa fábrica de sabão e papel chamada Procter & Gamble – sugeria que eu não era bom em criar. Eu lutava para executar minhas ideias. Quando tentava, as pessoas ficavam irritadas. Quando tinha sucesso, elas se esqueciam de que a ideia era minha.
Lia cada livro que encontrava sobre criação, e cada um deles dizia a mesma coisa: as ideias surgem de um jeito mágico, as pessoas as recebem com entusiasmo e os criadores são vencedores. Minhas ideias vinham de forma gradativa, as pessoas as recebiam sem animação e eu me sentia um fracassado. Minhas avaliações de desempenho eram ruins. Corria sempre o perigo de ser demitido. Não entendia por que minhas experiências criativas não eram parecidas com as dos livros.

 

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