A Crise Na Escola

A Crise Na Escola procura compreender a crise em que se viram colocados os sistemas nacionais de educação, enquanto modelos de educação e de escola que têm sua origem e seus parâmetros nos ideais democráticos da Revolução Francesa.
Esses sistemas ganharam o impulso definitivo para sua consolidação com o desenvolvimento das relações capitalistas de produção e de todo o sistema sociometabólico correspondente.
Eles têm como princípios o caráter público, a obrigatoriedade, a gratuidade e a laicidade, e representam o esforço dos Estados nacionais em consolidar as bases materiais e espirituais das sociedades modernas.


O Estado é, assim, o instrumento que controla, define as leis de funcionamento e financia a maior parte das iniciativas educacionais por meio de suas instituições públicas. Sob a égide do Estado, isto é, sob seu controle, sua capacidade de determinação de normas, sua fiscalização, avaliação e financiamento, encontra-se todo o conjunto do sistema com suas instituições públicas e privadas.
A crise do sistema capitalista, que se iniciou desde os anos de 1970, complexa, profunda e de proporções inauditas, atingiu os pilares dos sistemas nacionais de educação, na medida em que atingiu as bases do sistema capitalista, modificando os processos de trabalho, a situação e o papel dos Estados nacionais mediante o incrível crescimento das corporações transnacionais e do seu controle sobre a economia mundial.
Neste novo cenário, a maior parte dos estados tem perdido a capacidade de definir soberanamente suas políticas, especificamente, as de educação.
A escola, ou os sistemas nacionais de educação, atingiu níveis de desenvolvimento bastante diferentes de país para país, assim como foi o desenvolvimento econômico.
Nos países centrais do sistema capitalista mundial, a escola alcançou um desenvolvimento maior, aproximando-se das aspirações históricas das lutas dos trabalhadores, quando o acesso à educação básica foi universalizado e mesmo o acesso ao ensino superior foi ampliado, ainda que os sistemas de ensino nunca tivessem deixado de ser dualistas.
Já nos países da periferia capitalista, os avanços não foram tão grandes, mas sempre as camadas sociais exploradas vislumbraram a expansão e democratização da escola, pois acreditava-se que isto seria resultado do desenvolvimento do sistema capitalista.
O que chamamos de crise da escola é justamente a transformação radical das bases materiais em que se assentava aquele modelo escolar.
A crise regressivo-destrutiva do capital abalou as bases materiais que sustentavam a escola e, consequentemente, fez ruir as expectativas na democratização da educação como se fora parte necessária de um movimento democratizante, progressista crescente da expansão capitalista.

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O Estado é, assim, o instrumento que controla, define as leis de funcionamento e financia a maior parte das iniciativas educacionais por meio de suas instituições públicas. Sob a égide do Estado, isto é, sob seu controle, sua capacidade de determinação de normas, sua fiscalização, avaliação e financiamento, encontra-se todo o conjunto do sistema com suas instituições públicas e privadas.
A crise do sistema capitalista, que se iniciou desde os anos de 1970, complexa, profunda e de proporções inauditas, atingiu os pilares dos sistemas nacionais de educação, na medida em que atingiu as bases do sistema capitalista, modificando os processos de trabalho, a situação e o papel dos Estados nacionais mediante o incrível crescimento das corporações transnacionais e do seu controle sobre a economia mundial.
Neste novo cenário, a maior parte dos estados tem perdido a capacidade de definir soberanamente suas políticas, especificamente, as de educação.
A escola, ou os sistemas nacionais de educação, atingiu níveis de desenvolvimento bastante diferentes de país para país, assim como foi o desenvolvimento econômico.
Nos países centrais do sistema capitalista mundial, a escola alcançou um desenvolvimento maior, aproximando-se das aspirações históricas das lutas dos trabalhadores, quando o acesso à educação básica foi universalizado e mesmo o acesso ao ensino superior foi ampliado, ainda que os sistemas de ensino nunca tivessem deixado de ser dualistas.
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O que chamamos de crise da escola é justamente a transformação radical das bases materiais em que se assentava aquele modelo escolar.
A crise regressivo-destrutiva do capital abalou as bases materiais que sustentavam a escola e, consequentemente, fez ruir as expectativas na democratização da educação como se fora parte necessária de um movimento democratizante, progressista crescente da expansão capitalista.

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