Segurança, Tráfico E Milícia No Rio De Janeiro
é uma publicação organizada por Justiça Global, com o apoio da Fundação Heinrich Böll, e que conta com a contribuição de organizações da sociedade civil e acadêmicos.
Segurança, Tráfico E Milícia No Rio De Janeiro pretende contribuir com algumas reflexões atuais sobre o modelo de política de segurança que vem sendo adotado no estado e traz inovadoras análises sobre a crescente atuação de grupos criminosos.
Segurança, Tráfico E Milícia No Rio De Janeiro apresenta um estudo exploratório sobre as milícias e cinco artigos que trazem para o primeiro plano, através de diversas perspectivas de análise, questões cruciais para o debate atual da segurança pública no Rio de Janeiro. São analisados o processo de mudança na economia política do crime, as disputas de território entre o tráfico de drogas e os seus modos de coerção, a expansão das milícias e do seu braço político no Estado, a intensificação da violência de Estado e um acentuado processo de privatização da segurança pública.
No primeiro artigo, Discursos e Práticas na Construção de Uma Política de Segurança: o caso do governo Sérgio Cabral Filho (2007 – 2008), a Justiça Global discute a construção de uma política de segurança pública pautada no “enfrentamento”, que contribuiu para o aumento das violações de direitos humanos e das execuções sumárias cometidas pela polícia, como demonstrou o relatório preliminar da visita ao Brasil do Relator da ONU para Execuções Sumárias, Arbitrárias e Extrajudiciais, Philip Alston. O artigo analisa algumas manifestações públicas do governador Sergio Cabral e do secretário de segurança José Mariano Beltrame e evidencia as estratégias para efetivar “ações de guerra” que foram responsáveis pelo aumento significativo dos chamados “autos de resistência”.
Jailson de Souza e Silva, Fernando Lannes e Raquel Willadino, do Observatório de Favelas, no texto Grupos Criminosos Armados com Domínio de Território: reflexões sobre a territorialidade do crime na região metropolitana do Rio de Janeiro, trabalham com o conceito de “domínio de território” para analisar as práticas realizadas pelo tráfico de drogas e pelas milícias; mapeia a influência desses grupos em diversas comunidades do Rio de Janeiro e apresenta propostas de políticas públicas de segurança.