Charles Taylor

O objetivo deste livro é investiga como Taylor articula a relação entre identidade e reconhecimento, tendo a religião como uma fonte moral.

O objetivo deste livro é investigar como Taylor articula teórica e filosoficamente a relação entre identidade e reconhecimento, tendo a religião como uma fonte moral e uma instância essencial para a construção das identidades.

Taylor é um dos nomes fundamentais do chamado comunitarismo, que defende o papel determinante que a comunidade exerce em nossa identidade e em nosso reconhecimento. Nesse sentido, não seríamos um eu originário e desengajado. Em realidade, seríamos fruto de nossas relações com os outros, de nossa cultura, linguagem e comunidade.

Tais instâncias nos fornecem os elementos essenciais, as fontes morais, que orientam nossas vidas, constituindo nossas subjetividades, como as tradições religiosas em determinados contextos.

Taylor defende a tese de que o ponto de partida da reflexão na teoria ético-moral não deve ser a identidade desengajada, atomística, que caracteriza boa parte da modernidade e do liberalismo político, e sim a concepção do sujeito situado, cuja unidade narrativa da vida deve ser vista no interior do horizonte de uma comunidade.

Essa concepção hermenêutica da pessoa ética é a premissa central da crítica metodológica de Taylor ao objetivismo neutro nas ciências do espírito, assim como sua crítica às concepções morais deontológicas e formalistas da ética de matriz kantiana.

O impulso teórico de Taylor se orienta contra a concepção de um sujeito solipsista, que, supostamente, encontraria apenas dentro de si as fontes do agir ético. Para ele, seria ilusória, portanto, uma noção de self “[…] no sentido de uma identidade que posso definir para mim mesmo sem referência ao que me rodeia e ao mundo em que estou situado”.

Ter uma identidade significa, para Taylor, mover-se em um horizonte no qual as relações com os outros e a relação com o mundo são sempre mediadas por meio de uma linguagem que se abre à luz de uma determinada tradição cultural ou religiosa.

A racionalização da modernidade é descrita, em Taylor, a partir da crítica hegeliana ao indivíduo moderno, como um processo de cisão, e a articulação desse processo apela aos sujeitos modernos a reencontrar as fontes do self nas diversas concepções de bens, como veremos no primeiro capítulo deste livro.

A tentativa de Taylor consiste, à luz de Hegel (um dos nomes fundamentais para compreendermos o pensamento de Taylor) em rearticular os horizontes fraturados da eticidade, ou seja, as cisões provocadas pela modernidade e, com isso, aproximá-las a uma reconciliação. Diante disso, Taylor defende a importância que o ethos religioso ainda possui na formação das identidades e do reconhecimento, mesmo em uma era secular.

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Taylor é um dos nomes fundamentais do chamado comunitarismo, que defende o papel determinante que a comunidade exerce em nossa identidade e em nosso reconhecimento. Nesse sentido, não seríamos um eu originário e desengajado. Em realidade, seríamos fruto de nossas relações com os outros, de nossa cultura, linguagem e comunidade.

Tais instâncias nos fornecem os elementos essenciais, as fontes morais, que orientam nossas vidas, constituindo nossas subjetividades, como as tradições religiosas em determinados contextos.

Taylor defende a tese de que o ponto de partida da reflexão na teoria ético-moral não deve ser a identidade desengajada, atomística, que caracteriza boa parte da modernidade e do liberalismo político, e sim a concepção do sujeito situado, cuja unidade narrativa da vida deve ser vista no interior do horizonte de uma comunidade.

Essa concepção hermenêutica da pessoa ética é a premissa central da crítica metodológica de Taylor ao objetivismo neutro nas ciências do espírito, assim como sua crítica às concepções morais deontológicas e formalistas da ética de matriz kantiana.

O impulso teórico de Taylor se orienta contra a concepção de um sujeito solipsista, que, supostamente, encontraria apenas dentro de si as fontes do agir ético. Para ele, seria ilusória, portanto, uma noção de self “[…] no sentido de uma identidade que posso definir para mim mesmo sem referência ao que me rodeia e ao mundo em que estou situado”.

Ter uma identidade significa, para Taylor, mover-se em um horizonte no qual as relações com os outros e a relação com o mundo são sempre mediadas por meio de uma linguagem que se abre à luz de uma determinada tradição cultural ou religiosa.

A racionalização da modernidade é descrita, em Taylor, a partir da crítica hegeliana ao indivíduo moderno, como um processo de cisão, e a articulação desse processo apela aos sujeitos modernos a reencontrar as fontes do self nas diversas concepções de bens, como veremos no primeiro capítulo deste livro.

A tentativa de Taylor consiste, à luz de Hegel (um dos nomes fundamentais para compreendermos o pensamento de Taylor) em rearticular os horizontes fraturados da eticidade, ou seja, as cisões provocadas pela modernidade e, com isso, aproximá-las a uma reconciliação. Diante disso, Taylor defende a importância que o ethos religioso ainda possui na formação das identidades e do reconhecimento, mesmo em uma era secular.

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