
A região semiárida do Brasil tem produzido e exportado, nos últimos anos, grandes quantidades de mel. Com isso, a apicultura nessa região tem se constituído em uma das mais representativas atividades econômicas para os produtores rurais. A organização social dos apicultores, bem como a qualidade das floradas ocorrentes são pontos favoráveis para a garantia de produção e comercialização de mel com alto valor no mercado internacional.
No entanto, as mudanças climáticas ocorridas nos últimos anos, representadas por longos períodos secos e ocorrência de altas temperaturas estão mudando o cenário produtivo dos apiários da Caatinga, obrigando muitos produtores a migrarem com suas colmeias para outras regiões. Dessa maneira, a academia, por meio de pesquisas, junto aos apicultores pode contribuir na discussão de estratégias de convivência com o semiárido e na diversificação da exploração apícola para a melhoria da renda dos produtores.
Essa publicação é fruto das ações de professores e alunos do Grupo de Estudos sobre Abelhas do Semiárido Piauiense – GEASPI da Universidade Federal do Piauí – UFPI. O objetivo é divulgar os resultados dos trabalhos de pesquisa e extensão realizados, no sentido de subsidiar as ações de pesquisadores e apicultores inseridos no referido ecossistema.
Nesse sentido, este primeiro volume apresenta sete capítulos relacionados à temas de interesse de apicultores e da sociedade científica em geral:
- De flor em flor: um pouco da história do Grupo de Estudos sobre Abelhas do Semiárido Piauiense (GEASPI);
- Apicultura no semiárido: perspectivas e desafios;
- Sanidade de enxames de abelhas africanizadas (Apis Mellifera L.) durante o período seco do semiárido piauiense;
- Abelhas (Apis mellifera L.) versus Nim (Azadirachta indica A. Juss.);
- Caracterização físico-química do mel produzido no semiárido piauiense,
- Produção e caracterização do hidromel produzido a partir de méis do semiárido piauiense;
- Acidentes com abelhas africanizadas na região de Picos, Piauí.
